domingo, 24 de março de 2013


POR QUE OS HOMENS SÃO DESATENTOS NAS DISCUSSÕES?

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Southern na Califórnia (EUA), os homens deixam de prestar atenção a uma conversa se o rosto da mulher exprimir raiva ou medo. Isto sucede devido ao fato do cérebro funcionar de forma diferente do feminino em situações de stress temporário (discussões com a namorada, com a família ou no trabalho).
No geral é tido como um dado quase adquirido que os homens revelam pouca aptidão para discutir o estado de um relacionamento e para falar sobre sentimentos. Esta última pesquisa norte-americana vem comprovar as dificuldades dos homens em interpretarem emoções, visto que a região cerebral com essa função fica com a atividade reduzida no meio de uma discussão (nas mulheres ocorre o processo inverso). Entenderam? NÃO É CULPA NOOOSSSAAAA!!!
Como tal, há tendência para a mente masculina não prestar atenção aos temas em foco e de não conseguir lidar eficazmente com temas envoltos de emotividade, por não possuir nesse momento capacidade cerebral para o fazer. Deste modo, numa situação de pressão intensa ou de grande contrariedade há uma inabilidade biológica masculina que pode assemelhar-se a indiferença.
No entanto, não deve perder as esperanças de manter uma boa conversação. Não deixe de ter em conta as diferenças de gênero e mentalize que comunicar bem implica aceitar que às vezes o outro pode estar desatento ou desvalorizar um problema porque simplesmente não acha necessário levá-lo adiante.
Intelectuais mais pessimistas questionam-se se haverá uma linguagem comum entre homens e mulheres na plena acepção da palavra. De fato as mulheres têm tendência a ser mais mordazes, irônicas e recorrem a métodos indiretos e até retorcidos para mostrar o seu descontentamento e indignação. Muitas vezes, exprimem-se o seu desagrado de forma corporal com bocas sugestivas, revirar de olhos, lábios cerrados, etc. Esta sutileza pode revelar-se desconcertante e confusa para o sexo masculino, que está habituado a tratar dos assuntos de forma mais frontal e direta.
Se tiver de discutir uma relação, no sentido de abordar problemas pendentes ou que ficaram mal resolvidos procure cumprir algumas máximas: reduzir ao máximo os níveis de tensão, centrar-se na eficiência e clareza do discurso e não em descarregar frustrações sobre o parceiro (com o objetivo de fazê-lo sentir-se mal, culpado ou que ele comungue da sua dor). Para que o seu parceiro possa entender bem aquilo que pretende dele e a mensagem que está tentando transmitir, evite acusá-lo de forma agressiva (gritando tudo aquilo em que ele tem falhado, por exemplo). Em vez disso, traga à superfície as questões com suavidade e tato. Afinal, o foco deve estar sempre no que têm para falar e não no modo como o leva a cabo. Porém, é inegável que a maneira como escolhemos comunicar faz toda a diferença e determina o resultado (proveitoso ou desastroso) de uma conversa.
Infelizmente é com as pessoas que são mais importantes para nós que temos mais tendência a censurar pelos comportamentos adequados e a libertar o nosso rancor. Se você “explode” facilmente procure controlar um pouco mais esse traço da sua personalidade. Simultaneamente, não deixe situações desconfortáveis acumularem por medo de incomodar o parceiro visto que apenas irá guardar sentimentos para si até ao dia em que algo fizer você perder a cabeça e transbordar de vez. Por pior que uma discussão seja é sempre preferível abordar um problema quando este está no início do que deixar que este se torne um aglomerado tão vasto de questões mal tratadas que apenas irá degenerar numa discussão ainda maior, sem qualquer fio condutor ou fim à vista.
Em vez de criticar o parceiro com adjetivos pejorativos tente explicar-lhe com calma como se sente quando ele se mostra mais distante, por exemplo. Faço-o saber quando ele a faz sentir-se menosprezada ou ignorada. Se a conversa se encadear de forma fluída e orgânica aumentam as hipóteses dele ouvir com atenção e de chegarem a um acordo satisfatório para ambos. É do nosso organismo. Se você gritar, espernear, fazer mimimi demais, nosso organismo nos defendem. Temos anticorpos pra chatices.

Um comentário:

  1. Está explicado, o dibo é elas aceitarem como legítimo tal argumento, mesmo com respaldo acadêmico.

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