sexta-feira, 3 de maio de 2013


Após queda forte em fevereiro, indústria cresce 0,7% em março, diz IBGE



Após apresentar a maior queda desde a crise de 2008, a produção da indústria reagiu e voltou a crescer em março, com leve alta de 0,7% na comparação, livre de influências sazonais (típicas de cada período), com fevereiro.
De janeiro para fevereiro, a produção recuou 2,4%. O dado foi revisado, anteriormente a queda era de queda de 2,5%, o maior tombo desde dezembro de 2008, auge da crise global. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação a março de 2012, houve recuo de 3,3%, depois de uma queda de 3,2% nessa mesma base de comparação em fevereiro.
O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado. Segundo pesquisa da agência de notícias Reuters com analistas, a expectativa era de que a produção industrial crescesse 1,3% em março sobre o mês anterior e caísse 2,1% sobre um ano antes.
O índice acumulado em 12 meses encerrados em março registrou queda de 2%. Já o acumulado de janeiro a março ficou negativo em 0,5%, segundo o IBGE.
SETORES
De fevereiro para março, os setores com melhores desempenhos, considerando o peso de cada um deles na indústria, foram os de veículos automotores, que cresceu 5,1%, eliminando parte da queda de 8,1% registrada em fevereiro, refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (11,9%), bebidas (4,6%), fumo (33,4%), mobiliário (11%) e borracha e plástico (2,7%).
A expansão do ritmo de atividade em março ocorreu em 13 dos 27 ramos pesquisados, de acordo com o IBGE.
Já os resultados mais fracos ficaram com o setor de alimentos (-2,7%), que teve o segundo recuo consecutivo, equipamentos de transporte (-5%), produtos de metal (-4,4%), diversos (-7,3%) e outros produtos químicos (-1%).
Entre as categorias de uso, a expansão mais elevada veio dos bens de consumo duráveis (4,7%), recuperando parte da queda de 7,3% registrada em fevereiro. A produção de bens intermediários (0,8%) e de bens de capital (0,7%) também mostrou crescimento em março.
O único resultado negativo no período foi de bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%), o segundo recuo onsecutivo nesse tipo de confronto, acumulando perda de 2,9% no período.
VEJA O DESEMPENHO POR SETOR NO ANO
Crescimento acumulado no ano até março
SETORCRESCIMENTO (em %)
Veículos automotores12,7
Mobiliário7,3
Refino de petróleo e produção de álcool7,2
Outros equipamentos de transporte6,2
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos5
Madeira4,8
Borracha e plástico2,5
Bebidas0,8
Perfumaria, sabões e produtos de limpeza0,5
Calçados e artigos de couro0,2
Indústria geral-0,5
Minerais não metálicos-1
Celulose, papel e produtos de papel-1,2
Outros produtos químicos-1,3
Produtos de metal-1,5
Máquinas e equipamentos-2
Equips. de instrum. méd.-hosp., ópticos e out ros-2,2
Alimentos-3,1
Matl. elet., apars. e equips. de comunicações-3,3
Diversos-4,7
Indústrias extrat ivas-4,9
Máqs. p/ escritório e equips. de informática-6,7
Metalurgia básica-6,9
Têxtil-7,1
Vestuário e acessórios-7,1
Farmacêutica-9
Edição, impressão e reprodução de gravações-10,2
Fumo-23,3
COMPARAÇÃO ANUAL
Na comparação com o mesmo mês de 2012, houve resultado negativo em 21 das 27 atividades pesquisadas. O IBGE destaca que março deste ano teve dois dias úteis a menos do que o mesmo mês do ano anterior, o que contribuiu com essa queda.
Os principais impactos negativos vieram da indústria de alimentos (-7,9%), farmacêutica (-17,3%), extrativas (-7,1%), metalurgia básica (-7,3%), edição, impressão e reprodução de gravações (-8,4%), outros produtos químicos (-3,9%), bebidas (-5,7%), produtos de metal (-5,7%) e produtos têxteis (-8,6%).
Por outro lado, entre as seis atividades que ampliaram a produção a principal influência veio de refino de petróleo e produção de álcool (10,1%).
COMPARE O DESEMPENHO POR CATEGORIA
Crescimento, em %
CATEGORIAS DE USOEM MARÇOEM 12 MESESACUMULADO NO ANOACUMULADO EM 12 MESES
Bens de Capital0,74,39,8-6,7
Bens Intermediários0,8-1,7-0,8-1,4
Bens de Consumo1,4-7,2-2,8-1
Duráveis4,7-41-0,3
Semiduráveis e não Duráveis-0,5-8,2-3,9-1,2
Indústria Geral0,7-3,3-0,5-2
Fonte: IBGE

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