sexta-feira, 14 de junho de 2013

“Apóstolo” Valdemiro Santiago é desmascarado em documentário


Publicado ontem no youtube por um ex-pastor, o documentário “A verdadeira identidade da Igreja Mundial” escancara os hábitos de seu líder, que se autodenomina “apóstolo”, Valdemiro Santiago.
Embora com menos poder do que o semelhante Edir Macedo, Valdemiro, sem dúvida, é dos que possui menos escrúpulos.
Além das enganações habituais e manipulação da fé dos menos dotados de intelecto, o vídeo mostra uma fábrica, do próprio “charlatão” que fabrica os objetos “ungidos” que são vendidos a preços exorbitantes em troca de bênçãos.
Resta saber até quando o Governo brasileiro, em troca de apoio político, continuará permitindo que essa gente enriqueça de maneira escancaradamente fraudulenta.
Confira abaixo.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

14 MITOS E VERDADES SOBRE O ENEM

O que falam por aí sobre o Exame Nacional do Ensino Médio nem sempre é verdade

FOTO: REPRODUÇÃO
Com a ajuda do professor de matemática Alfredo Oyarzabal de Castro, do Universitário de Porto Alegre, desvendamos alguns mitos que você escuta por aí sobre o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Também trouxemos à tona as verdades que podem ajudar você a entrar na faculdade.
1  Quando não se sabe a resposta, é melhor deixar em branco. MENTIRA
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Ao contrário de alguns métodos de avaliação, você não perde pontos se errar a pergunta. Se não souber, chute! A folha de respostas é corrigida por um computador, por isso, deixando em branco, ela é automaticamente considerada errada.

2  Questões podem ter valores diferentes. VERDADE
 Animated Gif on GiphyNo Enem, as questões têm valores dife­rentes. Mas o número de pontos de cada uma não é divulgado. Por isso, alguém que acertou o mesmo número de questões que um colega pode ter uma nota diferente.

3  A nota do Enem pode prejudi­car você na hora de ingressar na faculdade. Se achar que ela é muito baixa, não inclua no processo de seleção. MENTIRA
 Animated Gif on GiphyAlgumas universidades combinam a nota do Enem com o resultado do vestibular. É aconselhável sem­pre informar a nota do Enem durante o processo de seleção, se a instituição permitir. Se a nota do Enem for baixa o suficiente para prejudicar o vestibulando, ela é desconsiderada em algumas instituições.

4  Estuda-se para o Enem como se estuda para o vestiba. VERDADE
 Animated Gif on GiphyO melhor método para se preparar para as provas do Enem é refazendo questões das provas anteriores para treinar a capacidade de interpretação (algo que exige paciência) e testar seus conheci­mentos. Estar sempre atualizado com os aconteci­mentos e fatos atuais é muito importante. Lembre-se: não basta apenas saber o conteúdo, é necessário conhecer a linguagem da prova. Quanto mais prática leitura, melhor.

5  Não é preciso escolher a instituição e o curso antes de se inscrever no Enem. VERDADE
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Faça o Enem e leve a sério todas as provas, in­clusive a redação. O Enem é a forma de você ter vantagens na hora da seleção para o vestibular, por isso mande bem mesmo. Depois que você tiver o resultado da sua nota, é hora de começar a escolher a universidade. Passada a régua no Enem, mais livre você está de escolher a faculdade que quiser!

6  Enem tem leituras obrigatórias. MENTIRA
 Animated Gif on GiphyNão. Quem tem são só os vestibulares.

7  Preocupe-se apenas em estudar o que vai cair na prova. MENTIRA
 Animated Gif on GiphyEstude todos os conteúdos! Muitas vezes, uma pergunta sobre um determinado assunto se utiliza de outros temas para ser contextualizado. Às vezes, é preciso de conhecimentos a mais para poder resolver uma questão.

8  Se a universidade não exigir as cinco provas do Enem em seu processo de seleção de ingresso, não é necessário fazê-Ias. MENTIRA
 Animated Gif on GiphySe a universidade dos seus sonhos não exige o Enem como um dos requisitos para seleção, muita calma! Você pode precisar do Enem para outras oportunidades, como para garantir uma bolsa de estudos.
9  O aluno deve fazer a prova no ano em que está se formando. MENTIRA
 Animated Gif on GiphyNão é obrigatório fazer no ano em que se forma, mas é recomendável. Se o aluno optar por adiar a entrada na universidade, pode adiar o Enem. Mas o ideal é fazer no mesmo ano do fim do colégio.

10  O Enem substitui o vestibular em algumas universidades. VERDADE
 Animated Gif on GiphyO Enem substituiu na íntegra o vestibular em algumas universidades. Em algumas instituições, é preciso ter feito as duas provas. A verdade é que cada universidade tem um critério. Informe-se.

11  A inscrição para o Enem só pode ser feita online. VERDADE

Você pode se inscrever e saber mais informações sobre a prova no mec.gov.br.

12  Há limite para quantas vezes um aluno pode fazer o Enem. MENTIRA
 Animated Gif on GiphyVocê pode fazer a prova quantas vezes quiser. As instuições sempre contabilizam a nota da última edição, mas isso pode mudar: logo o aluno poderá utilizar a melhor nota e não a última.
13 Não há diferença entre o novo e o antigo Enem. MENTIRA
A versão atual tem objetivo classi­ficar os estudantes por desempenho e ser um ins­trumento de concurso. As provas anteriores a 2008 tinham o objetivo de diagnosticar a qualidade do Ensino Médio no Brasil e fornecer dados de pesquisa para sustentar possíveis mudanças no currículo.
 14  Há diferenças do atual Enem para o vestibular tradicional. VERDADE
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A abrangência, a linguagem e o conteúdo programático são diferentes. Enquanto o vestibular é específico para uma instituição, o Enem é um credenciador para o aluno ingressar em muitas faculdades pelo Brasil afora. Enquanto cada vestibular tem sua linguagem própria, o Enem tem uma linguagem interdiciplinar, focada em interpretação de textos relacionados ao dia a dia.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Eduardo Campos faz cobrança ao Dnit sobre descaso com a BR-101


Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

A degradação em que se encontra os 60 quilômetros do chamado contorno urbano que a BR-101 faz da Região Metropolitana do Recife, repleta de buracos e, consequentemente, mais engarrafamentos do que o normal, virou motivo de recados do governador Eduardo Campos. Na manhã desta sexta-feira, durante inauguração da primeira etapa do Terminal Integrado do Barro, um dos mais importantes do Sistema Estrutural Integrado (SEI), Eduardo Campos atacou o Dnit em Pernambuco, leia-se o governo federal: “a responsabilidade pela manutenção da BR-101 é do Dnit, não nossa. Essa obrigação está pontuada no convênio que firmamos para que o governo do Estado assumisse a execução do corredor de BRT e a reconstrução da rodovia em parceria com o governo federal. Nosso papel é construir o corredor, o recapeamento da BR é com o Dnit”, disse durante o discurso.
A resposta do governador, mesmo sem as pessoas presentes ao evento saberem, foi provocada pelas declarações de um dos diretores do Dnit em Pernambuco, Émerson Valgueiro, que se esquivou da responsabilidade sobre a buraqueira na BR-101 durante entrevista à Rádio JC/CBN. A transferência de responsabilidade parece ter irritado tanto o governo do Estado que até o secretário das Cidades, Danilo Cabral, abordou o assunto, cobrando ação do Dnit. Enquanto os governos não se entendem, a população sofre com a degradação da rodovia, que deixou de ser estrada para virar uma avenida urbana do Recife e de Jaboatão dos Guararapes.
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S&P revê nota do Brasil diante de PIB fraco e gastos elevados

Agência colocou rating do País em perspectiva negativa e disse que pode rebaixá-lo nos próximos dois anos


BRASÍLIA - Cinco anos após ser elevado à categoria de grau de investimento pelas agências de classificação de risco, o Brasil recebeu um duro golpe. Primeira a promover o País, em abril de 2008, a Standard & Poor’s também foi a primeira a reduzir a perspectiva positiva das condições macroeconômicas brasileiras, que saiu de "estável" para "negativa", por conta do baixo crescimento e dos gastos do governo.
É o primeiro passo na direção do rebaixamento da nota de crédito do País, algo que pode ocorrer ao longo dos próximos dois anos, segundo a S&P.
A nota dada pelas agências de rating funciona como um selo de qualidade para o investidor estrangeiro aplicar o seus recursos no País. O movimento da S&P acontece poucos dias depois de o governo mudar a tributação sobre o capital externo para trazer mais recursos para o País. A decisão da S&P foi sustentada, segundo comunicado da agência, pelo baixo ritmo de crescimento do PIB nos últimos anos, aliado a uma política de expansão do gasto público. De acordo com a nota assinada por Sebastian Briozzo, analista de crédito da S&P, essa dinâmica recente do País resulta em "sinais ambíguos" do governo, que reduzem a confiança do investidor estrangeiro.
O mercado reagiu à notícia com pessimismo e um sinal de alerta quanto aos rumos da política econômica brasileira. Ao mesmo tempo, analistas destacaram na noite de ontem que o movimento iniciado pela S&P confirma, de certa forma, a percepção dos investidores diante da falta de dinamismo da atividade econômica brasileira.
A agência não deixou passar despercebido o último resultado do PIB trimestral, divulgado na semana passada. Segundo dados oficiais, a economia cresceu apenas 0,6% entre o quarto trimestre de 2012 e os primeiros três meses de 2013.
A agência destacou o fraco resultado do consumo das famílias neste período - um avanço de apenas 0,1%. Até então, o PIB brasileiro vinha sendo sustentado justamente pela demanda das famílias. Após crescer 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012, o próprio governo trabalha, internamente, com um avanço inferior a 3%.
Investimentos. A Standard &Poor’s citou, também, o desempenho modesto das exportações e o investimento declinante do setor privado, apesar das enormes necessidades de melhorias logísticas no País. "Os ratings também incorporam a dívida governamental e as necessidades de refinanciamento relativamente grandes", disse Briozzo em seu relatório.
Além disso, disse o analista, "uma elevação substancial no crédito por parte dos bancos controlados pelo governo para estimular a demanda doméstica poderia apresentar problemas de qualidade de ativos para o sistema financeiro, especialmente em meio a um crescimento do PIB continuamente fraco".
O governo federal, no entanto, minimizou a notícia. Segundo o secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, mudanças na perspectiva da nota acontecem em função dos ciclos da economia. "Aconteceu até com os Estados Unidos", exemplificou. Segundo Holland, o Brasil tem tido um crescimento acima da média dos demais países do mundo no período pós-crise, incluindo os últimos três anos.
Segundo ele, entre 2007 e 2012, a taxa média de crescimento do Brasil foi de 3,7%, enquanto a dos outros países atingiu 3,3%. Em relação à política fiscal, o secretário disse que não houve mudança e que ela continua mesma. "A política fiscal continua como sempre. Não há mudança nem na política fiscal e nem na política econômica."
A possibilidade de rebaixamento de rating do Brasil também atingiu duas das principais empresas do País. As perspectivas de crédito da Petrobrás e da Eletrobrás também foram revistas pela agência para "negativa". No comunicado, a S&P destacou que a necessidade de ajuda estatal para a Eletrobrás é "quase certa", e "muito alta", no caso da Petrobrás.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estatuto do Nascituro: a mulher que se foda

Hoje o Estatuto do Nascituro foi aprovado na Comissão de Finanças.
Ainda falta ser aprovado na Comissão de Justiça a no Plenário. Mas não duvido nada que seja. Nunca ouviu falar do Estatuto do Nascituro? Basicamente é o seguinte: um ÓVULO FECUNDADO vai ter mais direitos do que eu, do que a sua mãe, do que a sua irmã e do que a minha filha e todas as outras mulheres do Brasil. Se, digamos, minha filha de nove anos fosse estuprada e engravidasse, não teria direito a fazer um aborto; teria de manter o filho do agressor. Se caso não tivesse recursos para sustentar a criança (!!!), o Estado se responsabilizaria com a apelidada BOLSA ESTUPRO até os 18 anos do filho - isso caso o estuprador não fosse identificado e RESPONSABILIZADO. Aborto de anencéfalo? Esquece. Risco de vida pra mãe? Foda-se a mãe. Trauma? Foda-se a mãe. 
O aborto ilegal já causa 22% das mortes maternas. Com essa monstruosidade aprovada, é provável que esse número dobre, triplique. Criminalizar o aborto não é solução. Já falei sobre isso aqui
Mas isso é muito, muito pior. Até o "aborto culposo" querem inventar. Sabe homicídio culposo, onde a pessoa não tem a intenção de matar? Então. Vai ser a mesma coisa se a mulher abortar acidentalmente. Ela será investigada. Imagina só perder um filho e ainda ser suspeita disso? 
Se a mãe correr risco de vida e precisar de um tratamento que coloque em perigo a vida do feto, ela será proibida de se tratar. Afinal, a vida de um amontoado de células que ainda não nasceu, não tem personalidade, não tem consciência, é evidentemente mais importante do que a de uma mulher formada. 

Vejamos alguns dos artigos dessa aberração: 

Art.1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral ao nascituro.
O embrião, você quer dizer. O amontoado de células.

Art. 2º Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido.
Pff.

Parágrafo único. O conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos “in vitro”, os produzidos através de clonagem ou por outro meio científica e eticamente aceito.
 Quer dizer, ATÉ UM CLONE é mais importante do que a vida da mãe.

Art. 4º É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, a expectativa do direito à vida, à saúde, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
SENHORES, NÃO SEI SE VOCÊ SABEM, MAS ELE AINDA NÃO NASCEU.

Art. 9º É vedado ao Estado e aos particulares discriminar o nascituro, privando-o da expectativa de algum direito, em razão do sexo, da idade, da etnia, da origem, da deficiência física ou mental ou da probalidade de sobrevida.
E a mãe que se foda.

Art. 10º O nascituro deficiente terá à sua disposição todos os meios terapêuticos e profiláticos existentes para prevenir, reparar ou minimizar sua deficiências, haja ou não expectativa de sobrevida extra-uterina.
E a mãe que se foda, depois de ter passado uma gestação inteira sabendo que o filho não sobreviveria. 

Art. 13 O nascituro concebido em um ato de violência sexual não sofrerá qualquer discriminação ou restrição de direitos, assegurando-lhe, ainda, os seguintes:
I – direito prioritário à assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico da gestante;
II – direito a pensão alimentícia equivalente a 1 (um) salário mínimo, até que complete dezoito anos;
III – direito prioritário à adoção, caso a mãe não queira assumir a criança após o nascimento.
Parágrafo único. Se for identificado o genitor, será ele o responsável pela pensão alimentícia a que se refere o inciso II deste artigo; se não for identificado, ou se for insolvente, a obrigação recairá sobre o Estado.
 Quer dizer: se uma menina for estuprada pelo próprio pai e engravidar, ela vai ter que carregar o filho/irmão, parir, criar e ainda ter que lidar com o pai de ambos, ou colocar o filho para adoção, como se os orfanatos fossem lugares bacanérrimos, como se o processo de adoção fosse algo fácil, como se isso tudo tivesse alguma conexão com a realidade. Se uma mulher for estuprada por desconhecido, até parece que vão caçar o cara para que ele dê pensão. Não sei o que é pior, o Estado oferecer a pensão ou sugerirem que o ESTUPRADOR pague pensão. Ele deveria estar preso, não deveria? Se encontrado, o estuprador não seria preso, mas obrigado a sustentar um filho? Vão querer visita obrigatória também? É completamente fora da realidade. Completamente. É de uma falta de empatia que eu nunca vi nessa vida. Obrigar uma mulher a carregar o fruto de uma violência é acabar com a vida dela. Ou seja, mais uma vez: FODA-SE A MÃE.
É basicamente isso que diz o Estatuto do Nascituro: foda-se a mãe, foda-se a mulher que sofreu violência, foda-se a vida delas. O que importa é a vida que foi gerada. 
E isso é baseado em que, mesmo?
Crenças. Crenças de que DEUS mandou essa vida. Gente, olha só, eu sou atéia, eu não tenho DEUS ALGUM. Se você tem um deus e ele não quer que você aborte, apenas NÃO ABORTE. Mas tire as suas idéias, as suas crenças e essa violência toda do corpo das outras mulheres. Das mulheres. De todas as mulheres. 
O Estado não pode mandar em nossos corpos. 


Não podemos aceitar. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que os fundamentalistas religiosos tomem assim esse país.
O
ESTADO
DEVE
SER
LAICO.
Se não lutarmos por isso, se não fizermos barulho, retrocederemos mais e mais e mais até, sei lá, não podermos usar energia elétrica ou remédios. 
Conto com vocês pra fazer um escarcéu. 

    Clara Averbuck

domingo, 2 de junho de 2013

Governo se apoia nas concessões para tentar reverter frustração com o PIB

Infraestrutura. Está previsto uma concentração de licitações em setembro e outubro, com a mobilização de investimentos de R$ 489 bilhões; Planalto avalia que sucesso da campanha pela reeleição da presidente Dilma agora depende da economia



Pressionado pelo decepcionante Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, o governo Dilma deixou de lado a estratégia de crescer pelo consumo, uma estratégia que se esgotou, e luta agora para devolver a tarefa aos investimentos. Com isso, a ordem é não mais admitir atrasos no programa de concessões, que deveria ter começado em dezembro e, numa estimativa otimista, terá início em setembro.
Responsáveis pelos principais planos de investimento do governo, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, vão enfrentar pressão adicional por resultados. Nas palavras de um auxiliar da presidente Dilma Rousseff, os dois serão "chicoteados" para acelerar a execução dos programas. As concessões já anunciadas mobilizarão investimentos de R$ 489 bilhões.
O Palácio do Planalto avalia que o sucesso da campanha pela reeleição de Dilma, em 2014, depende agora da economia. Tudo será feito para que o "pibinho" seja vitaminado e impulsione o crescimento. Além disso, o Planalto busca uma tática para evitar que o problema da inflação contamine as expectativas dos eleitores.
Pesquisas em poder do governo e do PT indicam que a alta do custo de vida está na memória da população e pode influenciar o voto. Não sem motivo o senador Aécio Neves (MG), possível candidato do PSDB à Presidência, adotou o combate à inflação como mote de sua campanha. "País rico é país sem inflação", diz o slogan da propaganda tucana, ironizando o "País rico é país sem pobreza", marca do governo Dilma.
Quando soube que o PIB do primeiro trimestre atingira apenas 0,6%, Dilma ficou furiosa. Apesar de saber que a recuperação seria lenta, ela se surpreendeu com o pífio desempenho da economia e engrossou as cobranças ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ajustes. Para sair da armadilha do baixo crescimento com inflação alta, Dilma quer acelerar os investimentos. Não é simples. As concessões poderão sofrer novos atrasos ou, como diz Bernardo Figueiredo, "ajustes necessários" por causa do Tribunal de Contas da União (TCU).
É preciso, ainda, convencer o setor privado a investir. O governo tem falhado nessa tarefa. Além disso, surge outra dificuldade: um verdadeiro "congestionamento" de leilões em setembro e outubro.
Depois de divulgar vários pacotes de estímulo, a ordem do Planalto, agora, é tirar do papel o que já foi lançado. Há, porém, duas novidades no forno. Na terça-feira, Dilma anunciará um ambicioso plano de financiamento da safra agrícola, de aproximadamente R$ 140 bilhões. Mais: também pretende divulgar, no dia 18, o novo Código de Mineração, com um projeto de lei a ser enviado ao Congresso.
Apesar da alta da Selic, o PT pretende ancorar a campanha de Dilma, no ano que vem, em um tripé de apelo popular, "traduzido" como "energia/comida/juros". Os petistas estão confiantes na queda dos juros no segundo semestre.
Diante desse diagnóstico, se tudo correr como prevê o script, cortes de impostos, dos juros e redução da conta de luz vão embalar a campanha de Dilma. A estratégia é mostrar que a desoneração da cesta básica e a redução do preço da energia, por exemplo, fazem parte de um pacote para distribuir a renda e transformar o Brasil em um país de classe média.