domingo, 29 de setembro de 2013

Governo tem superávit primário de R$ 87 milhões em agosto


BRASÍLIA  -  (Atualizada às 16h05) O governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou superávit primário – economia para pagamento de juros da dívida pública –de R$ 87 milhões em agosto, ante resultado positivo de R$ 1,607 bilhão no mesmo mês do ano passado. O superávit de agosto de 2013 é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 1997.
No acumulado do ano, o superávit primário do governo central foi de R$ 38,473 bilhões, equivalente a 1,23% do Produto Interno Bruto (PIB), contra R$ 53,580 bilhões ou 1,86% do PIB em igual período do ano passado.
Segundo números do Tesouro Nacional, divulgados nesta quinta-feira, 27, o resultado de agosto é reflexo de um superávit do Tesouro Nacional de R$ 5,797 bilhões, déficit da Previdência Social de R$ 5,733 bilhões e resultado positivo do Banco Central R$ 22,8 milhões.
Este foi o pior resultado para o período desde 2010, quando o saldo ficou positivo em R$ 29,681 bilhões.
Desempenho em queda
O desempenho das contas do governo central no acumulado de 2013 representa uma queda de 28,2% em relação a igual período de 2012, quando o superávit acumulado foi de R$ 53,6 bilhões.
Desde 2011, o indicador fiscal vem apresentando seguidos recuos nos primeiros oito meses na comparação com o ano anterior. O superávit primário registrado de janeiro a agosto de 2011 foi de R$ 69,9 bilhões.
O resultado primário do governo central até agora foi puxado pelo primeiro mês do ano. Em janeiro, o superávit foi de R$ 26,2 bilhões. Fevereiro teve déficit nas contas públicas, com saldo negativo de R$ 6,6 bilhões. 
Os últimos cinco meses voltaram a registrar superávit: R$ 276 milhões, em março; R$ 7,2 bilhões, em abril; R$ 6 bilhões, em maio; R$ 1,3 bilhões, em junho; R$ 3,7 bilhões em julho e os R$ 87 milhões de agosto, divulgados hoje.
Meta
Em 2013, o governo central tem de entregar um superávit de R$ 108 bilhões. A meta fixada para setor público consolidado é de R$ 155,9 bilhões.
O governo já informou, no entanto, que contará com o abatimento de até R$ 45 bilhões de investimentos referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações, entregando superávit equivalente a 2,3% do PIB.
Investimentos
Os investimentos totais do governo federal somaram R$ 42,1 bilhões no ano até agosto de 2013. A cifra é 0,8% menor do que os R$ 42,5 bilhões apurados no mesmo período do ano passado. Os valores incluem os dispêndios com o programa Minha Casa Minha Vida.
Só no programa habitacional, os desembolsos entre janeiro e agosto foram de R$ 10,1 bilhões — resultado R$ 623,3 milhões inferior ao de igual período de 2012.
Olhando apenas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), até agosto, os desembolsos foram de R$ 29 bilhões no ano, contra R$ 27,3 bilhões registrados nos oito primeiros meses de 2012. Um avanço de 6,2%.
Na comparação de janeiro a julho de 2013 com os mesmos meses de 2012 é verificada uma alta de 0,1% no investimento. 
Augustin
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, acredita que a queda do investimento verificada em agosto vai se recuperar a partir de setembro. “Há uma tendência de recuperar o investimento. Mantemos previsão de que vai avançar bastante nos próximos meses”, avaliou Augustin.
Ainda, de acordo com o secretário, esse número negativo apurado em agosto foi influenciado por “sazonalidades”, como a greve dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT).
Questionado, o secretário disse que espera que, ao fim do ano, o crescimento do investimento seja semelhante ao apurado nos gastos de custeio.



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Asteroide matador é do Brasil-sil-sil!



Você enxerga a cratera de Araguainha nessa imagem feita por um satélite Landsat, da Nasa?
Olha só: nunca antes na história deste país se teve notícia de uma tragédia parecida. A maior extinção em massa de todos os tempos pode ter começado a partir de um impacto de asteroide no Mato Grosso, cerca de 254 milhões de anos atrás.
A hipótese foi levantada por um grupo internacional de pesquisadores liderado por Eric Tohver, da University of Western Australia, e rendeu a capa da revista Pesquisa Fapesp deste mês, em competente reportagem do meu chapa Marcos Pivetta.
O trabalho, feito em colaboração com geólogos da USP, investiga a cratera de Araguainha, a maior das cicatrizes deixadas por asteroide no nosso Brasilzão. Eles estimam que um objeto de cerca de 4 km se chocou contra o nosso planeta naquela região e iniciou a cadeia de eventos que levaria à mais severa extinção em massa da história da Terra, com perda de 96% das espécies marinhas e 70% das espécies vertebradas terrestres.
Esse episódio de matança indiscriminada, conhecido também como a Grande Matança, ou evento de extinção do Permiano-Triássico, deixou a que aconteceria mais tarde — e acabaria com os dinossauros — no chinelo.
O que é curioso é que a morte dos gigantes lagartos (ou avós das galinhas, como queiram), ocorrida 65 milhões de anos atrás, foi ocasionada por um asteroide bem maior, com pelo menos 10 km  de diâmetro. E, por incrível que pareça, foi menos severa do que a ocasionada pelo impacto de Araguainha, com um objeto menor.
Por quê? Ao que parece, a grande tragédia do impacto brasileiro foi ter acontecido num terreno com muito carbono orgânico armazenado. A pancada (que gerou a cratera que vemos hoje, com respeitáveis 40 km de diâmetro) liberou uma quantidade brutal de metano na atmosfera, causando um aquecimento global violento e quase instantâneo. Sem tempo para se adaptar, muitas espécies morreram, causando o colapso da cadeia alimentar.
Vale lembrar que a hipótese de que a extinção do Permiano-Triássico teria acontecido pelo impacto brasuca ainda é controversa. Até agora, o único episódio de morte maciça de espécies indubitavelmente ligado ao impacto de um pedregulho espacial, dos sete conhecidos, é mesmo o que acabou com a festa dos dinossauros.
De toda forma, o estudo é um lembrete de que, quando um asteroide de grande porte cai por aqui, as coisas não costumam caminhar bem. Ignorar os assuntos espaciais é pedir para que algo assim aconteça de novo. Como dizia Arthur C. Clarke, “os dinossauros morreram porque não tinham um programa espacial”.

domingo, 1 de setembro de 2013

A Física Quântica

"Não existe 'lá fora', um lá fora que seja independente do 'aqui dentro'". (Fred Alan Wolf)


Breve Histórico


O termo "física quântica" foi usada pela primeira vez em 1931, no trabalho Planck's Universe in Light of Modern Physics (O Universo em Luz da Física Moderna de Planck), de Johnston.



Em  1900, Max Planck, físico alemão, introduziu a ideia de que a energia era quantizada. Em 1905, Einstein explicou que toda a radiação eletromagnética pode ser dividida num número finito de "quanta de energia", que são localizados como pontos no espaço. 


Em 1924, surge a teoria de 'ondas de matéria', apresentada pelo físico francês Louis-Victor de Broglie. Esta teoria diz que as partículas podem exibir características de onda e vice-versa. 


Baseando-se nessa teoria, os físicos alemães Werner Heisenberg e Max Born desenvolveram a mecânica matricial, enquanto o físico austríaco Erwin Schrödinger criou a 'mecânica de ondas'. Assim nasceu a mecânica quântica moderna, em 1925.


Uma Ciência Diferente



Ao estudar as menores partículas da natureza, seus constituintes e maneira de se comportar, os cientistas criaram a Física Quântica. Com ela, surgiu o Princípio da Incerteza de Heisenberg. 
A Física Quântica descortina um mundo novo, onde a dualidade onda-partícula nos mostra que partículas se comportam ora como partículas ora como ondas. Isto choca o raciocínio concreto, descartiano. 
O próprio Einstein, um dos seus fundadores, acreditava que a física quântica estava errada. 


Nosso mundo é feito de átomos. Num passado não tão passado, julgava-se que os átomos seriam as menores partículas da matéria. Depois, descobriu-se que os átomos são formados por quarks e elétrons. 
E ainda existem os fótons. 
Ao observar o comportamento desses microcomponentes, os cientistas se depararam com algo extremamente bizarro e inquietante: eles constataram que nunca se sabe exatamente sua exata posição. Ou seja: os elétrons de um átomo somem de um lugar e reaparecem em outro, sem que se consiga perceber o caminho que seguiram. 
Fragmentos que ora se comportam como ondas, ora se comportam como partículas são uma realidade no universo quântico.
A teoria quântica mais parece uma ficção científica. Ela diz que as partículas podem estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo. 
Segundo a teoria de Einstein, a velocidade da luz era o máximo. Agora, sabe-se que as partículas subatômicas comunicam-se instantaneamente, seja qual for a distância entre elas!


Salto Quântico


Esta expressão vem justamente da observação e constatação de que os elétrons se deslocam de forma instantânea de uma órbita a outra, desaparecendo e reaparecendo, sem que se possa prever em qual lugar exato reaparecerão, criando um mundo de possibilidades.
Afirma o dr. Satinover: "O verdadeiro mistério nisso tudo é que, de dentro desse estoque de possibilidades, a que acontecerá é determinada por alguma coisa que não é parte do universo físico. Não existe um processo que faça aquilo acontecer".
É realmente um desafio para a nossa mente comum...