quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dívida pública federal atinge recorde de R$ 2,12 trilhões

A dívida pública federal —a soma dos endividamentos interno e externo do governo— cresceu 5,7% em 2013, atingindo o valor recorde de R$ 2,12 trilhões.
O crescimento da dívida ficou dentro dos parâmetros traçados no PAF (Plano Anual de Financiamento) para o ano, que previa um valor entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões. Em dezembro, houve uma emissão líquida da dívida pública de R$ 31,53 bilhões.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, 2013 foi um ano de turbulência internacional, com muitos eventos importantes, como a mudança estrutural da taxa de juros dos Estados Unidos, mas que o Tesouro teve um "resultado excepcional" do ponto de vista de gerenciamento de dívida.
Para 2014, o Tesouro Nacional estima que o endividamento público ficará entre R$2,12 trilhões e R$ 2,32 trilhões.
VOLATILIDADE
Para Augustin, o momento de volatilidade cambial dos países emergentes não deve prejudicar a venda de títulos da dívida pública brasileira esse ano, e prevê emissões externas para os primeiros meses de 2013.
"Os fundamentos do Brasil são muito sólidos, eles têm se imposto mesmo em momentos em que outros países têm mais volatilidade", afirmou o secretário, citando a "solidez fiscal" brasileira como um dos fatores que devem contribuir para um bom gerenciamento da dívida em 2014.
Augustin afirmou também que as agências de classificação de risco devem reconhecer a "situação muito boa do Brasil" e não rebaixar a nota do país.
Instituições financeiras foram os maiores detentores dos títulos da dívida pública em 2013, com 30,2% do total. O tempo médio de vencimento dos papeis foi de 4,2 anos, o maior prazo médio da série histórica, iniciada em 2002.
O Tesouro aposta esse ano na diversificação de moedas, fazendo emissões não só com real e dólar, mas também com euro e, possivelmente, iene (Japão).
O Tesouro também espera intensificar a substituição dos títulos remunerados por taxas de juros flutuantes por títulos de rentabilidade prefixada. Em 2013, a participação dos títulos prefixados foi equivalente a 42% da dívida, maior nível da série histórica iniciada em 1990.

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