quarta-feira, 25 de junho de 2014


Governo fará ‘saque’ de 15 bi na Petrobras; ação despenca

petro-logo
Lembre-se sempre de quem você é acionista minoritário.
No que um analista chamou de “virada monstruosa”, as ações da Petrobras, que operavam em alta de 3% até o meio da tarde, terminaram o dia em queda de 3,6% depois que o mercado começou a entender a mais recente manobra do Governo envolvendo o caixa da empresa.
O Governo anunciou hoje que a Petrobras fará o pagamento, à União, de um bônus de assinatura no valor de 2 bilhões de reais este ano, seguido de mais 13 bilhões de reais entre 2015 e 2018 a título de antecipação de parte do excedente em óleo do pré-sal.
Os pagamentos anunciados hoje se referem aos volumes de petróleo que ultrapassam os limites contratados nos primeiros contratos entre a Petrobras e a União, logo após a descoberta do pré-sal.
Na época, estimou-se que uma determinada área do pré-sal continha ao menos 5 bilhões de barris de petróleo, e o Governo usou aqueles barris para fazer um aumento de capital na Petrobras — contrariando os acionistas minoritários, que tiveram que colocar dinheiro vivo na operação.
“O tamanho dos pagamentos não é um tamanho que assuste, mas o sinal enviado ao mercado é que o Governo, mais uma vez, está fazendo caixa em cima de uma companhia que já está apertada”, diz um gestor. “Você pode até fazer as contas e chegar à conclusão de que isso é um bom negócio para a companhia, mas a Petrobras ainda não retirou nem os 5 bilhões de barris originais, e já está antecipando ao governo caixa sobre o excedente.”
A decisão de hoje, tomada no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vem num momento em que as ações da Petrobras já subiram cerca de 50% a partir das mínimas do ano, embaladas pelo crescimento da oposição nas pesquisas eleitorais e a perspectiva de uma gestão mais profissional da empresa.
“[A decisão do CNPE] significa mais pressão sobre o caixa da empresa, que já está muito alavancada, e não traz nenhuma geração de caixa no curto prazo”, diz outro analista. “É péssimo para o papel.”
As ações preferenciais da Petrobras fecharam o dia a 17,64 reais.

terça-feira, 24 de junho de 2014



                                                         A PEDRA FILOSOFAL


Muito se escreveu e muito se tem escrito sobre essa célebre arte sagrada praticada na antiguidade, seja na Mesopotâmia, na China ou no Egito.
E seu ideário é impressionante.
Aliás, é acalentador o sonho da realização da grande obra alquímica, que é a produção da pedra filosofal ou pó de projeção — um catalisador fantástico capaz de entre outras coisas transmutar o chumbo em ouro.
Um sonho tentador.
Principalmente no que tange a essa perturbadora possibilidade de se ter esse poder de transformar qualquer material vil em algo de extremo valor e com isso conquistar riquezas extraordinárias sem depreender muito esforço.
E a alquimia nos fornece muito mais ainda em termos de possibilidades perturbadoras, além da riqueza instantânea.
Temos também outros dois sonhos acalentados há milênios: o célebre elixir da longa vida e a panaceia — ou cura para todas as doenças.
Respeitando as devidas proporções desse ideário alquímico parece que a Tecnologia Química vem obtendo êxitos significativos à medida que transforma areia em microchips e ar, petróleo e alcatrão em anti-inflamatórios, vacinas e antibióticos.
E é notório que essas suas aplicações na medicina e na bioquímica conseguiram quase que triplicar a esperança de vida da população e erradicar centenas de doenças.
A má notícia é que a riqueza instantânea conseguida pelos impérios tecnológicos é pessimamente distribuída, assim também no que tange aos avanços na medicina, na agricultura, na produção dos bens de consumo, etc. enquanto a poluição e o esgotamento dos recursos naturais ameaçam a tudo e todos.
Fica patente que a política dominante defende a privatização das benesses oriundas desse modelo de gestão da ciência enquanto que suas mazelas são coletivizadas.
Capitalizam-se os lucros — socializam-se os prejuízos.
Isso tem sido feito há milênios.
Conseguimos erradicar a peste negra, mas fomos incapazes de erradicar o orgulho ou a inveja ou a hipocrisia ou ao egoísmo, etc.
Nem mesmo conseguimos erradicar o nosso hábito secular de falar mal dos vizinhos e dos parentes ou o de fazer promessas que nunca serão cumpridas.
Criamos máquinas inteligentes que fazem cálculos rapidíssimos, porém nos tornamos a cada dia que passa, coletivamente mais imbecis e idiotas; seja no trânsito, no trabalho, no trato conjugal ou com a família; seja nos cuidados essenciais para preservar os ambientes social e natural.
Produzimos redes de comunicação em massa e ninguém se comunica de verdade e nem com a verdade.
Que comunicação é essa?
Construímos máquinas voadoras fantásticas que nos fazem ascender aos céus em extraordinárias velocidades, mas fomos incapazes de nos elevarmos moralmente um milímetro sequer.
Somos os mesmos bárbaros de sempre. Com sangue nos olhos.
– Apenas evoluímos em nosso jeito de matar.
E como mudar isso?
É preciso, então, enfatizar que o sonho alquímico teria que ser realizado por inteiro.
Um sonho que está apoiado na primeira das grandes transmutações.
A mais importante e primordial de todas.
Aquela que acontece dentro do próprio alquimista — nesse pequeno espaço de seu coração.

Muito se escreveu e muito se tem escrito sobre essa célebre arte sagrada praticada na antiguidade, seja na Mesopotâmia, na China ou no Egito.
E seu ideário é impressionante.
Aliás, é acalentador o sonho da realização da grande obra alquímica, que é a produção da pedra filosofal ou pó de projeção — um catalisador fantástico capaz de entre outras coisas transmutar o chumbo em ouro.
Um sonho tentador.
Principalmente no que tange a essa perturbadora possibilidade de se ter esse poder de transformar qualquer material vil em algo de extremo valor e com isso conquistar riquezas extraordinárias sem depreender muito esforço.
E a alquimia nos fornece muito mais ainda em termos de possibilidades perturbadoras, além da riqueza instantânea.
Temos também outros dois sonhos acalentados há milênios: o célebre elixir da longa vida e a panaceia — ou cura para todas as doenças.
Respeitando as devidas proporções desse ideário alquímico parece que a Tecnologia Química vem obtendo êxitos significativos à medida que transforma areia em microchips e ar, petróleo e alcatrão em anti-inflamatórios, vacinas e antibióticos.
E é notório que essas suas aplicações na medicina e na bioquímica conseguiram quase que triplicar a esperança de vida da população e erradicar centenas de doenças.
A má notícia é que a riqueza instantânea conseguida pelos impérios tecnológicos é pessimamente distribuída, assim também no que tange aos avanços na medicina, na agricultura, na produção dos bens de consumo, etc. enquanto a poluição e o esgotamento dos recursos naturais ameaçam a tudo e todos.
Fica patente que a política dominante defende a privatização das benesses oriundas desse modelo de gestão da ciência enquanto que suas mazelas são coletivizadas.
Capitalizam-se os lucros — socializam-se os prejuízos.
Isso tem sido feito há milênios.
Conseguimos erradicar a peste negra, mas fomos incapazes de erradicar o orgulho ou a inveja ou a hipocrisia ou ao egoísmo, etc.
Nem mesmo conseguimos erradicar o nosso hábito secular de falar mal dos vizinhos e dos parentes ou o de fazer promessas que nunca serão cumpridas.
Criamos máquinas inteligentes que fazem cálculos rapidíssimos, porém nos tornamos a cada dia que passa, coletivamente mais imbecis e idiotas; seja no trânsito, no trabalho, no trato conjugal ou com a família; seja nos cuidados essenciais para preservar os ambientes social e natural.
Produzimos redes de comunicação em massa e ninguém se comunica de verdade e nem com a verdade.
Que comunicação é essa?
Construímos máquinas voadoras fantásticas que nos fazem ascender aos céus em extraordinárias velocidades, mas fomos incapazes de nos elevarmos moralmente um milímetro sequer.
Somos os mesmos bárbaros de sempre. Com sangue nos olhos.
– Apenas evoluímos em nosso jeito de matar.
E como mudar isso?
É preciso, então, enfatizar que o sonho alquímico teria que ser realizado por inteiro.
Um sonho que está apoiado na primeira das grandes transmutações.
A mais importante e primordial de todas.
Aquela que acontece dentro do próprio alquimista — nesse pequeno espaço de seu coração.

Um Diamante Gigante.

Um diamante com o quilate do Sol

Astrônomos encontram estrela anã branca tão fria que carbono assumiu forma cristalizada característica da preciosa gema

POR 

Ilustração mostra o sistema binário composto pelo pulsar e a estrela que os astrônomos acreditam ser como um gigantesco diamante
Foto: B. Saxton/NRAO/AUI/NSF
Ilustração mostra o sistema binário composto pelo pulsar e a estrela que os astrônomos acreditam ser como um gigantesco diamante - B. Saxton/NRAO/AUI/NSF

RIO – Cobiçados por sua beleza e raridade, os diamantes da Terra costumam ser formados nas enormes pressão e temperatura nas profundezas do planeta. No espaço, no entanto, diversos fenômenos podem levar o carbono a assumir a forma cristalizada característica destas joias. Agora, astrônomos acreditam ter encontrado uma estrela moribunda que acabou se transformando em um gigantesco diamante com massa equivalente à do Sol.
- Realmente é um objeto notável – comenta David Kaplan, professor da Universidade de Wisconsin-Milwaukee e principal autor de artigo sobre a descoberta, publicado na edição atual do periódico científico “Astrophysical Journal” . - Estas coisas devem estar lá fora, mas, como são muito tênues, são muito difíceis de serem encontradas.
A “estrela-diamante”, localizada a cerca de 900 anos-luz de distância na direção da constelação de Aquário, é do tipo conhecido como anã branca, que representa um dos estágios finais da vida de astros parecidos com o nosso próprio Sol. Após esgotarem todo seu combustível nuclear, estas estrelas, compostas principalmente de carbono e oxigênio, entram em colapso e encolhem de um diâmetro de mais de 1,6 milhão de quilômetros para o tamanho aproximado da Terra, cerca de 12 mil quilômetros, lentamente esfriando ao longo de bilhões de anos até se tornarem anãs negras e deixarem de brilhar para sempre.
Segundo os astrônomos, a “estrela-diamante” na verdade parece ser a anã branca mais fria já encontrada, tão fria que o carbono nela se cristalizou na preciosa gema. Ela faz parte de um sistema binário em que tem como companheira uma outra estrela colapsada de forma ainda mais radical, resultado de uma explosão em supernova. Conhecidos como pulsares, estes objetos são estrelas de nêutrons tão densas que concentram uma massa superior à do Sol em um diâmetro ainda bem menor que o de uma anã branca, de menos de 40 quilômetros. Os pulsares ganharam este nome por emitirem pulsos regulares de rádio que podem ser detectados aqui na Terra.
Neste caso, foi apenas graças à existência do pulsar que os astrônomos puderam não só localizar a anã branca como calcular sua massa e inferir que ela é um imenso diamante. Batizado PSR J2222-0137, as primeiras observações do pulsar revelaram que ele estava girando a mais de 30 vezes por segundo e gravitacionalmente preso a uma companheira invisível, com o sistema completando uma órbita a cada 2,45 dias.
Usando a Teoria da Relatividade de Einstein, os pesquisadores estudaram como a gravidade da estrela companheira deformava o espaço, provocando atrasos nos sinais de rádio emitidos pelo pulsar, o que permitiu a eles determinar as massas individuais de ambos objetos em 1,2 vezes a do Sol para o pulsar e de 1,05 a do Sol para a estrela companheira. Os dados também indicaram ser muito pouco provável que esta companheira fosse outra estrela de nêutrons, já que suas órbitas são muito estáveis para que duas supernovas tivessem acontecido em um mesmo sistema, restando apenas a explicação de que seria uma anã branca.
Com a localização precisa do sistema em mãos e sabendo o quão brilhante uma anã branca deve ser a esta distância, os astrônomos acreditaram que seria possível vê-la em luz visível ou infravermelho. Mas observações feitas com alguns dos maiores e mais sensíveis telescópios disponíveis não mostraram nada no local.
- Nossas imagens deviam nos mostrar uma companheira cem vezes mais tênue que qualquer outra anã branca em órbita de uma estrela de nêutrons e pelo menos dez vezes mais tênue que qualquer outra anã branca conhecida, mas não vimos nada – conta Bart Dunlap, aluno da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e outro integrante do grupo responsável pela descoberta. - Se há mesmo uma anã branca lá, e quase certamente há, ela deve ser extremamente fria.
Com uma temperatura de superfície estimada em não mais 2,7 mil graus Celsius, os astrônomos acreditam que esta anã branca deve ser formada em grande parte por carbono cristalizado, sendo assim o equivalente a um enorme diamante.