terça-feira, 24 de junho de 2014



                                                         A PEDRA FILOSOFAL


Muito se escreveu e muito se tem escrito sobre essa célebre arte sagrada praticada na antiguidade, seja na Mesopotâmia, na China ou no Egito.
E seu ideário é impressionante.
Aliás, é acalentador o sonho da realização da grande obra alquímica, que é a produção da pedra filosofal ou pó de projeção — um catalisador fantástico capaz de entre outras coisas transmutar o chumbo em ouro.
Um sonho tentador.
Principalmente no que tange a essa perturbadora possibilidade de se ter esse poder de transformar qualquer material vil em algo de extremo valor e com isso conquistar riquezas extraordinárias sem depreender muito esforço.
E a alquimia nos fornece muito mais ainda em termos de possibilidades perturbadoras, além da riqueza instantânea.
Temos também outros dois sonhos acalentados há milênios: o célebre elixir da longa vida e a panaceia — ou cura para todas as doenças.
Respeitando as devidas proporções desse ideário alquímico parece que a Tecnologia Química vem obtendo êxitos significativos à medida que transforma areia em microchips e ar, petróleo e alcatrão em anti-inflamatórios, vacinas e antibióticos.
E é notório que essas suas aplicações na medicina e na bioquímica conseguiram quase que triplicar a esperança de vida da população e erradicar centenas de doenças.
A má notícia é que a riqueza instantânea conseguida pelos impérios tecnológicos é pessimamente distribuída, assim também no que tange aos avanços na medicina, na agricultura, na produção dos bens de consumo, etc. enquanto a poluição e o esgotamento dos recursos naturais ameaçam a tudo e todos.
Fica patente que a política dominante defende a privatização das benesses oriundas desse modelo de gestão da ciência enquanto que suas mazelas são coletivizadas.
Capitalizam-se os lucros — socializam-se os prejuízos.
Isso tem sido feito há milênios.
Conseguimos erradicar a peste negra, mas fomos incapazes de erradicar o orgulho ou a inveja ou a hipocrisia ou ao egoísmo, etc.
Nem mesmo conseguimos erradicar o nosso hábito secular de falar mal dos vizinhos e dos parentes ou o de fazer promessas que nunca serão cumpridas.
Criamos máquinas inteligentes que fazem cálculos rapidíssimos, porém nos tornamos a cada dia que passa, coletivamente mais imbecis e idiotas; seja no trânsito, no trabalho, no trato conjugal ou com a família; seja nos cuidados essenciais para preservar os ambientes social e natural.
Produzimos redes de comunicação em massa e ninguém se comunica de verdade e nem com a verdade.
Que comunicação é essa?
Construímos máquinas voadoras fantásticas que nos fazem ascender aos céus em extraordinárias velocidades, mas fomos incapazes de nos elevarmos moralmente um milímetro sequer.
Somos os mesmos bárbaros de sempre. Com sangue nos olhos.
– Apenas evoluímos em nosso jeito de matar.
E como mudar isso?
É preciso, então, enfatizar que o sonho alquímico teria que ser realizado por inteiro.
Um sonho que está apoiado na primeira das grandes transmutações.
A mais importante e primordial de todas.
Aquela que acontece dentro do próprio alquimista — nesse pequeno espaço de seu coração.

Muito se escreveu e muito se tem escrito sobre essa célebre arte sagrada praticada na antiguidade, seja na Mesopotâmia, na China ou no Egito.
E seu ideário é impressionante.
Aliás, é acalentador o sonho da realização da grande obra alquímica, que é a produção da pedra filosofal ou pó de projeção — um catalisador fantástico capaz de entre outras coisas transmutar o chumbo em ouro.
Um sonho tentador.
Principalmente no que tange a essa perturbadora possibilidade de se ter esse poder de transformar qualquer material vil em algo de extremo valor e com isso conquistar riquezas extraordinárias sem depreender muito esforço.
E a alquimia nos fornece muito mais ainda em termos de possibilidades perturbadoras, além da riqueza instantânea.
Temos também outros dois sonhos acalentados há milênios: o célebre elixir da longa vida e a panaceia — ou cura para todas as doenças.
Respeitando as devidas proporções desse ideário alquímico parece que a Tecnologia Química vem obtendo êxitos significativos à medida que transforma areia em microchips e ar, petróleo e alcatrão em anti-inflamatórios, vacinas e antibióticos.
E é notório que essas suas aplicações na medicina e na bioquímica conseguiram quase que triplicar a esperança de vida da população e erradicar centenas de doenças.
A má notícia é que a riqueza instantânea conseguida pelos impérios tecnológicos é pessimamente distribuída, assim também no que tange aos avanços na medicina, na agricultura, na produção dos bens de consumo, etc. enquanto a poluição e o esgotamento dos recursos naturais ameaçam a tudo e todos.
Fica patente que a política dominante defende a privatização das benesses oriundas desse modelo de gestão da ciência enquanto que suas mazelas são coletivizadas.
Capitalizam-se os lucros — socializam-se os prejuízos.
Isso tem sido feito há milênios.
Conseguimos erradicar a peste negra, mas fomos incapazes de erradicar o orgulho ou a inveja ou a hipocrisia ou ao egoísmo, etc.
Nem mesmo conseguimos erradicar o nosso hábito secular de falar mal dos vizinhos e dos parentes ou o de fazer promessas que nunca serão cumpridas.
Criamos máquinas inteligentes que fazem cálculos rapidíssimos, porém nos tornamos a cada dia que passa, coletivamente mais imbecis e idiotas; seja no trânsito, no trabalho, no trato conjugal ou com a família; seja nos cuidados essenciais para preservar os ambientes social e natural.
Produzimos redes de comunicação em massa e ninguém se comunica de verdade e nem com a verdade.
Que comunicação é essa?
Construímos máquinas voadoras fantásticas que nos fazem ascender aos céus em extraordinárias velocidades, mas fomos incapazes de nos elevarmos moralmente um milímetro sequer.
Somos os mesmos bárbaros de sempre. Com sangue nos olhos.
– Apenas evoluímos em nosso jeito de matar.
E como mudar isso?
É preciso, então, enfatizar que o sonho alquímico teria que ser realizado por inteiro.
Um sonho que está apoiado na primeira das grandes transmutações.
A mais importante e primordial de todas.
Aquela que acontece dentro do próprio alquimista — nesse pequeno espaço de seu coração.

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