sexta-feira, 29 de março de 2013


Líder da Coreia do Norte usa computador da Apple. E chama EUA de ‘imperialistas’

O governo da Coreia do Norte divulgou uma foto que mostra o líder do país, Kim Jong Un, com um computador da Apple em sua mesa. Ele fez ameaças nesta sexta-feira de utilizar foguetes “para acertar as contas com os Estados Unidos”, os quais classificou de “imperialistas”.
E esta abaixo é uma foto de divulgação da Apple.



quarta-feira, 27 de março de 2013


Ações trabalhistas devem aumentar com lei das domésticas, diz especialista



A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das domésticas deve aumentar a pressão pela contratação com carteira assinada, contribuir para o aumento do número de ações trabalhistas contra as empregadoras e "irritar" a classe média.
O impacto deverá ser ainda maior entre as que atuam na informalidade, segundo José Pastore, professor da USP e especialista em relações do trabalho e recursos humanos.
Entre as patroas que já contratam com carteira assinada, o principal efeito deverá ser sentido no bolso: o aumento de despesas, principalmente com horas extras, pode levar à troca de uma empregada fixa por diarista e horista, além de mudanças na rotina das famílias.
"Os homens terão de ajudar mais em casa. As creches e outros apoios terão de aumentar. Os aparelhos domésticos terão de inovar."
Pastore acredita que a PEC vá "irritar" a classe média. "Pode se transformar em uma verdadeira revolta das mulheres que precisam das domésticas para desenvolver suas atividades profissionais", afirma Pasotre.
"Não sei quem será alvo dessa irritação ou revolta: os parlamentares ou Dilma, que pode ganhar alguns votos das domésticas, mas perder muitos das patroas."
O aumento de custos tem dois aspectos, segundo o pesquisador. Um deles é o relacionado aos novos encargos sociais -deve ser de mais 10 a 15 pontos percentuais. Exemplo: se o salário é de R$ 1.000, o encarecimento deve variar de R$ 100 a R$ 150.
O segundo, e maior deles, deverá ser com o pagamento de horas extras e obediência aos intervalos previstos na lei para a jornada de trabalho.
"Haverá despesas decorrentes de ações trabalhistas devido à dificuldade de cumprir o intervalo intra-jornada [uma hora] e o intervalo interjornada [11 horas], assim como a regulação da hora extra e do horário noturno."
"Essas despesas são incalculáveis, pesam muito não só em dinheiro mas sobretudo no desgaste psicológico."
AO MESMO TEMPO
Outro fator apontado pelo professor é que, entre os 7 milhões de domésticas do país, muitas são empregadas de um lado e patroas do outro
-contratam pessoas para tomar conta de seus filhos e de suas casas enquanto trabalham fora. A informalidade já é da ordem de 75% no setor.
"Como empregadas, uma pequena parte está formalizada. Como empregadoras, a esmagadora maioria contrata informalmente. A nova regra deve abalar esse importante segmento de mercado."
Para Pastore, a nova lei não terá força para inibir a migração que ocorre na profissão.
DORMIR NO EMPREGO
"Elas querem trilhar outros caminhos. Dormir no emprego nem pensar. São raras as que fazem isso hoje e mais raras serão depois da PEC."
A migração para outras profissões diminui a oferta de mão de obra no mercado e com isso pressiona ainda mais os salários.
"Nos últimos anos, essa categoria foi a que teve o maior aumento de salário, o dobro do INPC. E, com os novos encargos sociais, o custo para as patroas aumentará significativamente."
Se hoje são as patroas que escolhem os empregados, a tendência daqui para a frente é que elas selecionarão suas patroas.

domingo, 24 de março de 2013


POR QUE OS HOMENS SÃO DESATENTOS NAS DISCUSSÕES?

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Southern na Califórnia (EUA), os homens deixam de prestar atenção a uma conversa se o rosto da mulher exprimir raiva ou medo. Isto sucede devido ao fato do cérebro funcionar de forma diferente do feminino em situações de stress temporário (discussões com a namorada, com a família ou no trabalho).
No geral é tido como um dado quase adquirido que os homens revelam pouca aptidão para discutir o estado de um relacionamento e para falar sobre sentimentos. Esta última pesquisa norte-americana vem comprovar as dificuldades dos homens em interpretarem emoções, visto que a região cerebral com essa função fica com a atividade reduzida no meio de uma discussão (nas mulheres ocorre o processo inverso). Entenderam? NÃO É CULPA NOOOSSSAAAA!!!
Como tal, há tendência para a mente masculina não prestar atenção aos temas em foco e de não conseguir lidar eficazmente com temas envoltos de emotividade, por não possuir nesse momento capacidade cerebral para o fazer. Deste modo, numa situação de pressão intensa ou de grande contrariedade há uma inabilidade biológica masculina que pode assemelhar-se a indiferença.
No entanto, não deve perder as esperanças de manter uma boa conversação. Não deixe de ter em conta as diferenças de gênero e mentalize que comunicar bem implica aceitar que às vezes o outro pode estar desatento ou desvalorizar um problema porque simplesmente não acha necessário levá-lo adiante.
Intelectuais mais pessimistas questionam-se se haverá uma linguagem comum entre homens e mulheres na plena acepção da palavra. De fato as mulheres têm tendência a ser mais mordazes, irônicas e recorrem a métodos indiretos e até retorcidos para mostrar o seu descontentamento e indignação. Muitas vezes, exprimem-se o seu desagrado de forma corporal com bocas sugestivas, revirar de olhos, lábios cerrados, etc. Esta sutileza pode revelar-se desconcertante e confusa para o sexo masculino, que está habituado a tratar dos assuntos de forma mais frontal e direta.
Se tiver de discutir uma relação, no sentido de abordar problemas pendentes ou que ficaram mal resolvidos procure cumprir algumas máximas: reduzir ao máximo os níveis de tensão, centrar-se na eficiência e clareza do discurso e não em descarregar frustrações sobre o parceiro (com o objetivo de fazê-lo sentir-se mal, culpado ou que ele comungue da sua dor). Para que o seu parceiro possa entender bem aquilo que pretende dele e a mensagem que está tentando transmitir, evite acusá-lo de forma agressiva (gritando tudo aquilo em que ele tem falhado, por exemplo). Em vez disso, traga à superfície as questões com suavidade e tato. Afinal, o foco deve estar sempre no que têm para falar e não no modo como o leva a cabo. Porém, é inegável que a maneira como escolhemos comunicar faz toda a diferença e determina o resultado (proveitoso ou desastroso) de uma conversa.
Infelizmente é com as pessoas que são mais importantes para nós que temos mais tendência a censurar pelos comportamentos adequados e a libertar o nosso rancor. Se você “explode” facilmente procure controlar um pouco mais esse traço da sua personalidade. Simultaneamente, não deixe situações desconfortáveis acumularem por medo de incomodar o parceiro visto que apenas irá guardar sentimentos para si até ao dia em que algo fizer você perder a cabeça e transbordar de vez. Por pior que uma discussão seja é sempre preferível abordar um problema quando este está no início do que deixar que este se torne um aglomerado tão vasto de questões mal tratadas que apenas irá degenerar numa discussão ainda maior, sem qualquer fio condutor ou fim à vista.
Em vez de criticar o parceiro com adjetivos pejorativos tente explicar-lhe com calma como se sente quando ele se mostra mais distante, por exemplo. Faço-o saber quando ele a faz sentir-se menosprezada ou ignorada. Se a conversa se encadear de forma fluída e orgânica aumentam as hipóteses dele ouvir com atenção e de chegarem a um acordo satisfatório para ambos. É do nosso organismo. Se você gritar, espernear, fazer mimimi demais, nosso organismo nos defendem. Temos anticorpos pra chatices.

sexta-feira, 22 de março de 2013


Empreiteiras pagaram quase metade das viagens de Lula ao exterior


Quase metade das viagens internacionais feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após deixar o governo foi bancada por grandes empreiteiras com interesses nos países que ele visitou.
Todos eles ficam na América Latina e na África, de acordo com documentos oficiais obtidos pela Folha. As duas regiões foram prioridades da política externa do petista em seus dois mandatos.
A assessoria do ex-presidente diz que ele trabalha para promover "interesses da nação" e não das empresas que bancam suas atividades.
Mas políticos e empresários familiarizados com as andanças de Lula disseram à Folha que ele ajudou a alavancar interesses de gigantes como Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht nesses lugares.
Ricardo Stuckert - 19.nov.2012/Instituto Lula
Lula como presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em novembro de 2012
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em novembro de 2012
Um telegrama diplomático de novembro do ano passado, enviado ao Itamaraty pela embaixada do Brasil em Moçambique após uma visita de Lula, diz que ele ajudou empresas brasileiras a vencer resistências locais ao "associar seu prestígio" a elas.
Desde 2011, Lula visitou 30 países, dos quais 20 ficam na África e América Latina. As empreiteiras pagaram 13 dessas viagens. Na última terça-feira, Lula iniciou novo giro africano, começando pela Nigéria, e patrocinado por Odebrecht, OAS e Camargo.
O Instituto Lula não informa os valores que recebe das empresas. Estimativas do mercado sugerem que uma palestra no exterior pode render a Lula R$ 300 mil, sem contar gastos com hospedagem, comida e transporte.
Os nomes dos financiadores das viagens de Lula aparecem nos telegramas diplomáticos obtidos pela Folha.
As empresas negam ter pago as viagens de Lula para que ele defendesse seus interesses.
Dois procuradores da República, um delegado federal, um juiz e dois advogados disseram à Folha que não há, a princípio, irregularidades nas viagens por não haver lei sobre a atuação de ex-presidentes.
Em novembro de 2012, Lula viajou para quatro países (África do Sul, Moçambique, Etiópia e Índia). Segundo nota divulgada pelo Instituto Lula na ocasião, o objetivo era a "cooperação em políticas públicas e ampliação das relações internacionais", mas o telegrama da embaixada brasileira deixa claro que o assunto da viagem era outro.
As duas primeiras paradas foram pagas pela Camargo Corrêa. Em Moçambique, a empresa participou das obras de uma mina de carvão explorada pela Vale, que meses antes fora alvo de protestos de centenas de famílias removidas pelo empreendimento.
Segundo o telegrama da embaixada brasileira que relatou ao Itamaraty a visita de Lula, o ex-presidente contribuiu para reduzir resistências que as empresas brasileiras enfrentam em Moçambique.
"Ao associar seu prestígio às empresas que aqui operam, o ex-presidente Lula desenvolveu, aos olhos moçambicanos, compromisso com os resultados da atividade empresarial brasileira", escreveu a embaixadora Lígia Scherer.
Em agosto de 2011, Lula começou um tour latino-americano pela Bolívia, onde chegou "com sua comitiva em avião privado da OAS", como anotou o embaixador Marcel Biato em telegrama.
O primeiro compromisso foi um encontro com o presidente Evo Morales. Na época, protestos impediam a OAS de tocar uma rodovia de US$ 415 milhões. Foi um dos temas da conversa, dizem empresários da Bolívia que pedem sigilo.
La Paz cancelou o contrato, mas deu US$ 9,8 milhões como compensação à OAS.
Da Bolívia, ainda bancado pela OAS, Lula viajou para a Costa Rica, onde a empresa disputava uma obra de US$ 57 milhões. A OAS foi preterida após a imprensa local questionar o papel de Lula.
Após nove meses, a OAS ganhou a concessão da rodovia mais importante do país (negócio de US$ 500 milhões).

quarta-feira, 20 de março de 2013


Imprensa internacional destaca os pecados capitalistas da comunista Dilma Rousseff em Roma

Cai na rede – Diz a sabedoria caipira que “passarinho que está na muda não pia”, mas por certo Dilma Rousseff, a “gerentona” inoperante, jamais ouviu essa frase. Comandando uma economia que cambaleia a um passo do precipício, a presidente foi à França, há meses, ocasião em que ao lado do colega François Hollande ousou ensinar aos europeus a receita para sair da crise, como se a nau Brasilis navegasse na calmaria.
Sem nada ter feito desde que chegou ao poder central, Dilma dedicará os próximos meses à sua campanha pela reeleição, deixando de lado os problemas que afligem o País e a sociedade. A inflação real corre solta, a inadimplência assusta, o endividamento das famílias é recorde, o Estado é inchado e incompetente, mas Dilma gosta de aparecer. Ao que parece, o gabinete presidencial do Palácio do Planalto há muito está infectado com o vírus do histrionismo.
Dando a entender que o Brasil é o país de Alice, aquele das maravilhas fabulosas, Dilma foi a Roma para participar da missa inaugural do pontificado do papa Francisco, acompanhada de uma comitiva que precisou de 52 quartos em um dos mais caros e luxuosos hotéis da capital italiana, além de dezessete carros de luxo alugados. Tudo isso financiado pelo dinheiro dos que fazem esse enorme picadeiro chamado Brasil.
Para sepultar a soberba que Dilma recentemente regurgitou em Paris, o jornal espanhol ABC traz na edição desta quarta-feira (20) matéria em que desmonta a arrogância da neopetista. “O socialismo de Dilma Rousseff: 52 quartos de hotel e 17 carros para ver o papa”, enfatiza a manchete do ABC.
Na matéria, o jornal espanhol afirma que Dilma e seus convivas poderiam ter se hospedado na embaixada brasileira, em Roma, que está instalada em um histórico e imponente prédio, o Palácio Pamphili, em plena Piazza Navona, no centro da capital italiana.
A assessoria presidencial justificou a farra com o dinheiro público alegando que a estada da comitiva no Hotel Westin Excelsior, reduto de celebridades, facilitaria a rotina de trabalho. Uma mentira de última hora, pois o máximo que os palacianos fizeram em Roma foi passear.
Isso confirma a tese de que no universo nada é mais direitista do que um representante da esquerda no poder. O pior é que no caso de Dilma a tal esquerda é paralítica.

domingo, 17 de março de 2013

''Visite nossa cozinha''


''Visite nossa cozinha'': um convite pouco usado

Embora direito seja assegurado por legislação municipal, restaurantes veem como 'extraterrestres' consumidores que decidem fazer a vistoria




É lei municipal: o cliente tem direito de visitar a cozinha dos restaurantes de São Paulo. Mas quem pede para dar uma olhada é visto como corpo estranho pelos funcionários dos estabelecimentos. Foi o que constatou a reportagem na semana passada, ao se identificar como consumidor em sete restaurantes e solicitar a inspeção nas instalações.
No Bistro Café, no centro, a atendente se mostrou desconfiada com o pedido. "Pode visitar a cozinha, mas de onde você é?", questionou. A repórter respondeu que era uma cliente com esse hábito e foi levada até a porta da cozinha, mas sem ser convidada a entrar. "Não precisa colocar a touca porque daqui você tem uma visão geral da nossa cozinha, que é pequena", disse. A proprietária da casa, Miriam Silva, afirmou que os pedidos são raros: no máximo, um por mês.
Na churrascaria Soberana, no Mandaqui, zona norte, apesar da simpatia dos funcionários, a sensação também foi a de estar incomodando. O administrador Bruno Badaró Paiva diz que esse tipo de pedido é mais comum entre nutricionistas e profissionais de saúde. Na unidade do Shopping Tatuapé, na zona leste, da rede de comida baiana Axé, o gerente ofereceu a touca e mostrou a cozinha. Ele fez questão de abrir a porta do forno para mostrar que estava tudo limpo, mas os funcionários pararam de trabalhar por alguns minutos. Atendimento similar foi oferecido pelo Pescador, na zona norte. Com touca descartável, o tour pela cozinha passou pelos fornos, freezers e despensa.
Em outros três estabelecimentos em que a cozinha era separada do salão por um balcão, a reportagem foi convidada a observar a dinâmica de fora. Como no Carambolla, em Moema, zona sul. Desde que a empresária Monica Carvalho assumiu o estabelecimento, em dezembro, a repórter foi a primeira a pedir para ver a cozinha. "Falta esse hábito aos brasileiros. Basta a comida chegar arrumadinha e bonita no prato. Mas não é só isso."
Para a chef Elzinha Nunes, de 50 anos, dona do restaurante Dona Lucinha, é um prazer os clientes verem a cozinha. "Quem trabalha com comida é médico da saúde e, por isso, nosso trabalho tem de ser bem feito." Quando vai comer fora, ela sempre faz o pedido. "Já teve restaurante que disfarcei, pedi uma água e fui embora após ver a cozinha. Mas, felizmente, foram exceções." 
    A legislação é da cidade de São Paulo, mas que tal adotarmos o procedimento em nossa cidade, assim evitaríamos uma série de dissabores.

sexta-feira, 15 de março de 2013


Desoneração da cesta básica cria conflito entre varejo e indústria




A impossibilidade de cumprir os descontos prometidos pela presidente Dilma nos preços de produtos da cesta básica provocou uma guerra entre a indústria e o varejo.
De um lado, os supermercados pressionam fornecedores para reduzir os preços na mesma proporção anunciada pela presidente. Algumas redes se recusaram, nesta semana, a receber mercadorias com reduções de preço inferiores aos 9,25% prometidos.
De outro, fabricantes de diversos itens -como café, açúcar e margarina- já comunicaram ao Ministério da Fazenda que, pelas regras atuais, não têm como cortar 9,25%.
O motivo é a complexidade do sistema tributário.
O governo fez uma conta simples: zerando a alíquota de 9,25% de PIS e Cofins, os preços cairiam nessa proporção. Mas os elos anteriores da cadeia produtiva não foram desonerados. A venda de soja e embalagem para a produção de margarina, por exemplo, paga PIS e Cofins, o que gera um crédito tributário para a indústria.
Mas, com a alíquota zero na venda ao varejo, o fabricante, que antes abatia esses créditos do pagamento, não terá mais como aproveitá-los.
Os créditos ficarão acumulados na contabilidade das indústrias, que continuarão pagando pelo custo tributário das etapas anteriores.
Segundo Fabio Calcini, sócio tributarista do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, a maioria dos fabricantes não terá condições de cumprir a redução prometida.
O especialista foi procurado por diferentes ramos, do agronegócio a fabricantes de sabonetes, preocupados com os impactos da desoneração.
No caso de setores como o de café, a conta é ainda mais complicada, pois a medida que desonerou a cesta também acabou com um crédito presumido da indústria.
GUERRA DE PREÇO
O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café, Nathan Herskowicz, disse que a Receita refez os cálculos e que a Fazenda reconhece que não será possível cortar os 9,25%.
Ele espera que, com o episódio esclarecido, diminua a pressão do varejo. "Algumas redes fizeram pressão indevida sobre a indústria. Isso não é uma corrida por desconto, é uma mudança tributária."
Para o presidente da Associação Paulista dos Supermercados, João Galassi, "não faz sentido uma rede receber agora um produto que em breve vai cair de preço".
Galassi disse que, à medida que o governo aceite os argumentos da indústria, retormará as renegociações.
Representantes da indústria passaram pelo menos dois dias reunidos com a Fazenda. AFolha apurou que um dos pleitos é a compensação dos créditos em débitos previdenciários.
Por causa das questões tributárias, dentre outro motivos, economistas preveem que de metade a dois terços da redução de impostos devem chegar aos preços. O restante ficaria retido nas empresas. Com isso, a contribuição líquida da desoneração da cesta básica sobre a inflação deve variar de 0,25 a 0,41 ponto percentual a menos, segundo economistas.

quinta-feira, 14 de março de 2013


Novidades acerca do “circo” venezuelano
 Chavez não morreu na Venezuela.E o que ficou em exibição foi um boneco de cera.Cristina Kirchner se revoltou ao descobrir isto.Dilma tb foi informada
Talvez por esquizofrenia, deficiência mental ou falta de caráter, aqueles que pensam e agem de maneira burra, radicalóide e sem ética, se dizendo socialistas, comunistas, fascistas, nazistas, etc, costumam atentar contra a Verdade – definida como realidade universal permanente. Mas os bolivarianos exageraram na dose da mistificação na gestão da morte do mito Hugo Chávez Frias.

Nos meios diplomáticos e na área de inteligência militar argentina circula uma informação 1-A-1 acerca dos procedimentos ante e pós fúnebres do Presidente e revolucionário inventor da República Bolivariana da Venezuela. A revelação bombástica é que o corpo exibido, cheio de sigilo e segurança, em um super-caixão lacrado, não é de um ser humano normal, deformado por um terrível câncer. O cadáver seria um boneco de cera. O simulacro de um Chávez “embalsamado”.

A surpreendente descoberta de que o corpo no faraônico féretro bolivariano não correspondia ao Hugo Chávez original foi da “Presidenta” da Argentina Cristina Kirchner. A grande amiga de Chávez estava escalada para fazer o mais emocionado discurso politico do velório. No entanto, Cristina se sentiu enganada no momento em que chegou perto do defunto

Ficou tão revoltada e contrariada que arranjou uma desculpa esfarrapada para voltar urgentemente a seu país – deixando até sem carona o presidente uruguaio José Mujica, que com ela veio até Caracas.

A explicação bombástica para o retorno súbito de Cristina é relatada pela inteligência militar argentina. Cristina teve um choque emocional quando se viu envolvida na farsa bolivariana montada para o velório de Chávez. Não acreditando no que seus olhos lhe mostravam, Cristina escalou uma oficial ajudante-de-ordens para investigar, de imediato, se não estaria diante de uma “brincadeira de mau gosto com a morte de alguém que lhe era muito querido”.

A oficial argentina interpelou um alto-membro do Exército pessoal de Chávez – que praticamente confessou a armação: ali não estava o corpo original do amado comandante. A militar transmitiu a informação imediatamente para Cristina – que surtou. Saiu esbravejando do Velório para o hotel, avisando que não mais faria o discurso para um boneco. O presidente imposto da Venezuela, Nicolas Maduro, tentou convencê-la do contrário, sem sucesso. Cristina voltou voando para casa.

A Presidenta Dilma Rousseff, que levava o ex Luiz Inácio a tiracolo, foi informada do incidente. Dilma e Lula deram uma breve olhada no caixão de Chávez, conversaram rapidamente com os presentes, e também foram embora o mais depressa possível – alegando coisas urgentes a serem resolvidas no Brasil. A exemplo de Cristina, não quiseram participar da farsa completa do sepultamento daquele que era o líder operacional-militar do Foro de São Paulo (organização que reúne as esquerdas revolucionárias, guerrilheiras ou simplesmente gramcistas na América Latina e Caribe).

História à parte do “boneco de cera” – uma versão completamente não-oficial das exéquias de Chávez -, tudo em torno de sua morte soa como uma grande farsa, digna do mais cínico e mentiroso socialismo bolivariano que transformou a Venezuela em um país em decomposição política, econômica e social. Tudo indica que Hugo Chávez já veio morto de Cuba – onde morreu não de problemas diretamente relacionados ao sarcoma que sofreu metástase.

O que levou Chávez realmente deste para outro mundo foi uma brutal infecção hospitalar, que detonou-lhe o pulmão. Tal fato jamais será admitido oficialmente, já que a lenda-dogma comunista prescreve que a ilha perdida dos irmãos Castro tem “uma das medicinas mais avançadas do mundo”. Caso tivesse se tratado no Brasil – como fizeram Dilma, Lula e o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo -, Chávez poderia estar vivinho da silva... Azar dele que o Hospital Sírio Libanês não aceitou receber milhões para tratar, sem transparência e em “segredo socialista”, do grave caso médico.

Outro fato que a inteligência dos Estados Unidos já deixou bem evidente nos meios diplomáticos. Chávez morreu, provavelmente, no começo de janeiro. O prolongamento mentiroso de sua vida foi apenas uma armação para permitir a inconstitucional posse de Nicolas Maduro, através da geração de um dramalhão popular em torno da torcida pela “salvação” e cura do bem amado mito Chávez
O problema para o regime venezuelano é que o atraso na revelação da verdade contribuiu para as mentiras aflorassem...
Roque Callage Neto 
Doutor em Ciências Sociais - UNB
Antropologia, Sociologia e Ciência Política

segunda-feira, 11 de março de 2013

                 A história secreta da renúncia de Bento XVI





        Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. 

Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. 


O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica. 


A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar. 


Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo. 


Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual. 


Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. 


João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. 


Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. 


Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa. 


Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema. 

domingo, 10 de março de 2013


Dilma reduz repasses para Estado de Eduardo Campos


  • Agência Brasil
    Campos tem dado sinais de que pode ser candidato em 2014
A gestão da presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados por Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014. Dilma alterou, assim, a trajetória de transferência desse tipo de recurso, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal chegou a patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao governo do PT.
As transferências voluntárias são aquelas em que não há obrigatoriedade prevista em lei, como nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Compreendem recursos obtidos por meio de convênios ou acordos, mediante solicitação dos Estados. Também não incluem investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujos projetos são definidos pelo governo federal.
Campos tem dado sinais de que pode ser candidato em 2014. Aumentou as críticas à política econômica de Dilma, num aceno ao empresariado, que está insatisfeito com as taxas de crescimento do PIB. Passou também a fazer reuniões políticas com maior frequência, inclusive com integrantes da oposição - embora aja como candidato, ainda analisará o cenário de 2014 para ponderar a conveniência de se lançar ou de negociar com o PT a retirada da candidatura.
De acordo com os dados do Tesouro, o governo federal aumentou o porcentual de verbas distribuídas ao governo pernambucano quando Lula e Campos estavam no poder. Em 2007, primeiro ano do mandato de Campos, a participação de Pernambuco no total das transferências voluntárias era de 5%. Em 2010, último ano de gestão Lula, alcançou 14,6%, a maior fatia de tudo o que foi repassado aos Estados no ano.
No mesmo período, caiu a participação de São Paulo, administrado pelo PSDB, maior partido de oposição. Em 2007, o Estado recebia 9,62% do total de transferências voluntárias do governo federal. Três anos depois, o porcentual caiu para 6,27%. Enquanto isso, os valores totais repassados pela União cresceram: de R$ 4,4 bilhões para R$ 6,8 bilhões.
Em 2010, Campos chegou a receber R$ 994 milhões dessas transferências voluntárias. O governador disputava a reeleição com o apoio do PT - e Lula usava Pernambuco como vitrine de projetos federais em infraestrutura e combate à pobreza para promover a candidatura de Dilma.
Os números do Tesouro mostram que a trajetória de crescimento dos repasses para Pernambuco foi interrompida por Dilma. Em 2011, as transferências caíram para R$ 318 milhões. O valor, no entanto, ainda era maior que o verificado em 2007, 2008 e 2009. Mas em 2012 os repasses diminuíram mais uma vez e chegaram a R$ 219 milhões, o menor desde 2006, ano em que o governador era Vasconcelos. As transferências voltaram a 4,88% do total enviado para os Estados, o mais baixo porcentual do governo Campos.
Em 2012, o PT e o PSB de Campos saíram rachados na eleição para a Prefeitura do Recife. Venceu o candidato do governador, Geraldo Julio. A partir daí, a relação com o PT começou a azedar.
Na semana passada, Lula chegou a criticar a postura de Campos, que integra a base governista, mas ensaia um discurso oposicionista. "Se alguém quiser romper conosco, que rompa. Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 8 de março de 2013




                                      GARANHUNS E SUA VOCAÇÃO

                                                                                                             Antonio C. de Souza



      Nos últimos dias, estimulado pelas extensas discussões em rodas de amigos e postagens na internet, venho conjecturando sobre a verdadeira vocação de Garanhuns no cenário pernambucano.
      Em décadas passadas, Garanhuns se destacava no cenário pernambucano como um centro turístico de descanso, mercê de seu clima e de suas águas, dos seus recantos outrora bucólicos, do seu povo de aspecto diferente, e até, de hipotéticas flores. Era a época das grandes convenções de associações de classes, clubes de serviços, conselhos profissionais e uma série de outros encontros. Tínhamos como destaques na rede hoteleira os hotéis Tavares Correia e Monte Sinai e até o Petrópolis e outros pequenos hotéis com características interioranas. Decerto que éramos uma cidade menor com menos necessidades.
     Destacávamos-nos, também, como polo cultural, com destaques para os nossos educandários que mantinham um regime de internato – Colégio Diocesano, Santa Sofia e XV de Novembro – eram a nata do ensino pernambucano, pois para aqui acorriam os filhos das famílias mais abastadas do estado. Passaram pelas nossas bancas escolares, governadores, deputados, senadores e até ministros. Era a época de ouro.
     Retornando no tempo, antes do “boom” educacional, fomos um centro importante de produção de café, fomos polo de algodão, feijão, açafrão, pimenta-do-reino, banana e outras frutas tropicais; éramos sede de grandes rebanhos, sediávamos todos os anos uma das maiores exposições agropecuária do nordeste, onde grandes criadores aqui expunham e comercializavam seus planteis de gado de raça, grandes produtores de leite se faziam presentes. Aqui se instalou, inclusive, uma indústria de beneficiamento de leite, inicialmente privada, depois passada para as mãos do estado.
     Tivemos nos anos 70 a instalação de um parque industrial, diversas fábricas embaladas pela renuncia fiscal do governo aqui se instalaram, essas, por um bom período, geraram empregos e renda para o nosso povo. Coca-Cola, Hora Norte, Balas, Café, Condimentos, Confecções, Insumos plásticos, Postes, Águas minerais, era por assim dizer, um período de vacas gordas.
    O tempo passou, Garanhuns passou a ser gerida por políticos carreiristas, todos queriam um posto, mas não tinham projetos para a cidade. Uma cidade ou município vive de incentivos ao desenvolvimento, esses, minguaram junto com a capacidade política dos caciques. Garanhuns, aos poucos, foi se apagando no cenário pernambucano.
    Anos 90. Buscando uma ressurreição, o prefeito Ivo Amaral, ouvindo algumas pessoas em Garanhuns, decidiu criar o Festival de Inverno. A princípio incipiente, aos poucos tomou corpo e lanço Garanhuns em evidência perante o estado. Hoje, ultrapassa fronteiras. Não é o suficiente. Outros festivais foram criados, mas não são suficientes para restaurar o antigo brilho da terra de Simôa.
     Garanhuns precisa se estabelecer no cenário pernambucano como um grande polo educacional voltado para o ensino superior. Temos a AESGA, UPE, UAG, alguns cursos a distancia, mas precisamos urgentemente destravar a FAMEG, pois com ela virão o estabelecimento de outros cursos oferecidos pelo mesmo grupo educacional, isto suscitará a criação de cursos e mais cursos nas outras unidades de ensino. A partir daí surgirão cursos preparatórios, melhorará o nosso ensino do 2º Grau e, com certeza, grande parte do nosso povo será beneficiado.
    O nosso povo, hoje, romantizado pelo discurso dos nossos políticos de plantão, sonham com indústria. Imaginam um cenário de fábricas e mais fábricas, com ou sem chaminés, e aquela leva de operários aguardando seus momentos de adentrarem as instalações fabris; sonho, sonho nada mais. Precisamos entender que para a consecução do sonho industrial precisamos reunir uma série de atributos: fiscais, tributários, logísticos, apoio em mão de obra especializada, isto não temos e nem é fácil conseguir. Estoicos prosseguimos no sonho, creditando aos conversadores de plantão a capacidade de requisitar o passaporte da era industrial, esquecendo que a nossa vocação está na terceira via da economia: serviço, seja ele entretenimento ou educação, capaz de gerar milhares de empregos, diretos e indiretos, impostos, renda e incentivo a habitação, saneamento e melhoria no atendimento a saúde.

quarta-feira, 6 de março de 2013


A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817.

 

 

 

                                                                                      Por Antonio Candido de Souza







     Desde  a primeira metade do século XVII quando das invasões estrangeiras ao território brasileiro, notadamente a invasão ao território pernambucano((1630/1654), formou-se no Brasil o sentimento nativista,  os brasileiros sentiram que unidos poderiam implantar aqui uma Pátria, prescindindo, inclusive ,do jugo português. A partir daí muitos movimentos se fizeram presentes ao longo da história; Bernardo Vieira de Melo, em 1710  fez ecoar o primeiro grito de república no senado da câmara em Olinda, gesto este que lhe valeu terminar os dias de vida no calabouço da prisão do Limoeiro.
     Felipe dos Santos, em 1720 nas Minas Gerais, também, teve suas idéias de liberdade, tendo ganhado a morte, pois seu corpo foi amarrado a cavalos e dilacerado nos calçamentos de sua cidade; Tiradentes, como todos sabem, em 1789, foi enforcado e  teve o seu corpo esquartejado em praça pública, e ainda o terreno onde se erguia sua casa, salgado, para que nem vegetação nascesse, por defender, também, os ideais de liberdade de um povo oprimido por severas restrições políticas e econômicas.
     Em 1796, meus senhores, o sonho de liberdade voltou a Pernambuco, é fundado nesta época, por Arruda Câmara, que se formara em medicina e ingressara da maçonaria em Montpellier – França, o Areópago de Itambé (que veio ser a primeira loja franco-maçônica do Brasil), na confluência dos estados de Pernambuco e Paraíba; ali, embalados pelos sonhos e pelo lema da revolução francesa, de (Igualité, Fraternité e Liberté) inspirados, também, pelos maçons que fizeram a independência dos Estados Unidos da América, plantaram a semente de uma república em nosso solo, antecipando-se em quase um século àquela realização.
     Com a expansão dos ideais, chamados de franceses, difundiu-se, não só na Europa, como também, na América a franco-maçonaria, sociedade secreta, à época, não vinculada a religião dominante, e defensora de ideais libertários. Pernambuco, sendo uma capitania rica e de grande atividade comercial e cultural, logo absorveu os ideais, tornando-se assim, um centro de atuação maçônico dos mais importantes do país, fundando-se lojas as mais diversas como a Academia dos Suassuna no Cabo, sob a liderança de Francisco de Paula Cavalcanti Albuquerque e Academia Paraíso sob a liderança do Padre João Ribeiro.
     Em 1817, governava Pernambuco Caetano Pinto de Moraes Miranda Montenegro, político dúbio, sem grande pulso, num momento em que Pernambuco passava por uma crise econômica, já que com a vinda da família real para o Brasil, a carga tributária havia sido aumentada, havia, também, o declínio de preço do açúcar e do algodão, nossos principais produtos, no mercado externo. Figuras de projeção na sociedade Pernambucana, então, começaram a conspirar em torno de ideais libertários. Sabedor disso, o governador manda então que Oficiais portugueses efetuem a prisão dos conspiradores, tendo na ocasião havido revolta por parte de Oficiais brasileiros, quando ao receber ordem de prisão o Capitão João de Barros Lima (o famoso Leão coroado da nossa história), após ser insultado pelo Brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro, desembainhou sua espada matando-o, sendo secundado nessa ação pelo Capitão José Mariano. Estabeleceu-se o caos, as forças revoltosas tomaram a cidade e o governador refugiou-se no Forte das Cinco Pontas, tendo, no dia seguinte, 7 de março, entregue a fortaleza ao líder liberal José Luís de Mendonça e seguido para o Rio de Janeiro. Aqui, se estabelece uma junta governativa composta por cinco membros: Domingos José Martins, pelo comércio, José Luís Mendonça, pela Magistratura, Domingos Teotônio Jorge, pelos militares, Padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, pelo clero e Manoel Correia de Araújo, pelos proprietários rurais.
     Após esses acontecimentos a revolução se alastrou por diversas vilas, destacando-se Itamaracá conduzida pelo Padre Pedro de Souza Tenório, pelo morgado do Cabo Francisco Paes Barreto, bem como pelos irmãos Cavalcanti de Albuquerque, descendentes de Jerônimo de Albuquerque, que marcharam para o Recife e aderiram a revolução.
     A fim de não ficar isolado, Pernambuco enviou emissários às capitanias vizinhas: para a Bahia enviou o ex-padre José Ignácio Ribeiro de Abreu e Lima, o chamado Padre Roma, que ao desembarcar de uma jangada foi preso por ordem do Conde dos Arcos, processado sumariamente e arcabuzado em 29 de março, tendo seu filho Capitão Abreu e Lima (depois Marechal e um dos Libertadores da América) assistido a execução.
     Ao Ceará foi enviado o seminarista José Martiniano de Alencar que se dirigiu ao Crato, onde residia sua mãe Dona  Bárbara de Alencar, tendo tentado levantar a vila, mas logo foi preso. O jovem seminarista teve grande atuação política no império, sendo o pai do grande romancista da língua portuguesa José de Alencar, autor de Iracema, o Guarani, Tronco do Ipê etc.
     Na Paraíba e no Rio Grande do Norte, os revolucionários tiveram um sucesso rápido, tendo o Capitão Manoel Clemente Cavalcanti marchado com homens a seu comando e ocupado, com facilidade, a capital. No Rio Grande do Norte o movimento foi comandado pelo Senhor de Engenho André de Albuquerque Maranhão, o qual com um jovem oficial chamado José Peregrino, marchou sobre Natal, ocupando-a.
     A Reação da corte não se fez esperar, já no dia 10 de abril, Recife se encontrava bloqueada por três navios enviados da Bahia, por terra o Marechal Cogominho Lacerda a frente de força de linha, foi arregimentando combatentes no norte da Bahia e em Sergipe, tendo na sua penetração nos territórios insurretos mantido pequenas escaramuças, culminando com a batalha  do Trapiche, em Ipojuca.
     Dominada a revolução, tratou-se de punir os revoltosos, sendo levados para a Bahia Domingos José Martins, José Luís de Mendonça e o Padre Miguelinho, sendo todos sumariamente executados. Em Pernambuco foram presos e executados Domingos Teotônio Jorge, José de Barros Lima (Leão coroado), Antonio Henrique Rabelo e o Padre Pedro Tenório.
     Muito sangue foi derramado para reprimir a liberdade, no entanto o ideal permaneceu imutável nos corações pernambucanos, não morria ali, a característica maior do nosso povo; diminuiu-se a chama que mais tarde se reacenderia na Confederação do Equador.
     A Revolução de 1817 foi um movimento de cunho libertário que visava à deposição de um regime absolutista, quando então se procurou implantar um sistema autônomo de governo, algo avançado para a época; revelou novos ideais e plantou nos espíritos a semente da liberdade, semente esta jogada no solo da Pátria pelos nossos confrades que tão bem souberam cultivar o sonho de uma sociedade mais justa; que a tríade Igualdade, Fraternidade e Liberdade, continue perene em nossos corações e, que lastreados nisso, construamos um mundo mais justo e mais perfeito para o bem estar do homem  e glória do Grande Arquiteto do Universo.
     Salientamos que de todos os nomes componentes do novo governo revolucionário, só não era maçom o Senhor Manoel Correa de Araújo, o que demonstra o papel da maçonaria no movimento.
                                              

terça-feira, 5 de março de 2013


AZUL PEDE AUTORIZAÇÃO PARA OPERAR EM CAMPINA GRANDE


A Azul Linhas Aéreas pediu hoje autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar em mais um destino: Campina Grande (PB). Quando aprovados os voos, a companhia colocará em operação três frequências diárias partindo da cidade paraibana com destinos ao Recife e Salvador.  Tem estreia prevista para 29 de abril.
Conhecida pelos famosos carnavais fora de época e os festivais de São João, Campina Grande também é considerada um dos principais polos industriais da Paraíba, além de ser a segunda cidade mais populosa do estado, perdendo apenas para a capital João Pessoa.
Os passageiros com origem em Campina Grande poderão realizar conexões para Aracaju, Belo Horizonte (Confins), Fortaleza, Rio de Janeiro (Galeão), São Paulo (Guarulhos), Maceió, Natal, Salvador, Teresina, Juazeiro do Norte e Campinas a partir da capital pernambucana.
Já por meio da capital baiana, será possível chegar a Aracaju, Barreiras, Belo Horizonte (Confins), Ilhéus, João Pessoa, Lençóis, Maceió, Petrolina, Recife, Rio de Janeiro (Santos Dumont), Campinas, Guarulhos, Vitória da Conquista e Vitória. Os voos serão realizados com os turboélices ATR 72 da Trip, com capacidade para 70 assentos.
Confira os horários em aprovação para Campina Grande: