sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Nada Muda.

    Hoje, baseado no fato de que o cidadão é o fiscal das ações dos seus parlamentares, fui assistir a eleição da mesa diretora da câmara, e qual não foi minha surpresa ao ver a situação ser invertida, em relação ao quadro definido no dia anterior, pois "de repente, não mais que de repente" toda o quadro havia sido invertido. Um antes opositor sofreu metamorfose e transbordou situação, ao ser alçado a condição de presidente da mesa diretora para o próximo biênio; por uma parte cumpriu-se uma antiga aspiração antes impedida por medida judicial, quando a eleição foi anulada a duas legislaturas.
     O processo democrático foi cumprido, embora de forma questionável pela interferência do executivo no processo, mas como dizia um velho amigo: " isso é o que temos e que nos resta".
      Parabéns aos vencedores, e parabéns mais veementes aos perdedores, pois esses, ousaram contrariar poderes econômicos, distribuição de cargos e outras benesses.
       Salve Garanhuns!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A depressão sempre é motivo de muito debate. Especialmente agora, com a morte do grande ator Robin Williams, que aparentemente cometeu suicídio, o debate mundial a respeito dessa doença e seus sintomas ficou ainda mais em evidência. O eterno Patch Adams sofria com uma depressão profunda, e as especulações são de que ele tenha colocado um fim na própria vida justamente por conta da doença.
Mundialmente, segundo um estudo epidemiológico publicado na revista especializada BMC Medicine, 121 milhões de pessoas estão deprimidas. Esse número é quase quatro vezes maior do que o de portadores de HIV (33 milhões). Já o Brasil lidera, entre os países em desenvolvimento, o ranking de prevalência da depressão: 18% da população que participou da pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo estava deprimida há pelo menos um ano.
É comum que aqueles que poderiam se beneficiar com um tratamento acabem não tendo acesso a ele, seja por falta de informação ou até por interpretar os sintomas de maneira errada. Que uma coisa fique bem clara desde já: depressão não é frescura!
Abaixo listamos cinco dos mitos mais comuns sobre a condição, para esclarecer de uma vez por todas quão grave é esse diagnóstico:

Mito 1: Depressão é sinônimo de tristeza

Muitos conhecidos do ator Robin Williams que foram entrevistados desde a sua morte falaram que eles nunca o viram infeliz, ainda que ele sofria de depressão profunda. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, muitas das pessoas que sofrem de depressão sentem sim uma tristeza esmagadora, mas, em contrapartida, muitos outros não sentem qualquer emoção específica. A melhor descrição seria uma sensação de vazio e apatia. E uma vez que a ansiedade muitas vezes acompanha a depressão, muitos sentem um constante estado de tensão que persiste por nenhuma razão aparente.

Mito 2: A depressão é um sinal de fraqueza mental

Parte do estigma que envolve a depressão é que os outros vão encarar essa doença como um sinal de fraqueza. No entanto, nós não temos o costume de acusar ninguém que sofra de uma doença cardíaca, ou tenha câncer, por exemplo, que são doenças que afetam uma ampla gama de pessoas. A depressão também é uma doença e, mais especificamente falando, é um transtorno médico absolutamente complexo que tem dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Dessa forma, as pessoas “fortes” também podem sofrer de depressão grave, e as consequências de não tratá-la são tão reais e trágicas como em qualquer outro caso de doença grave. Uma condição que afeta a química do cérebro e do sistema nervoso não é menos devastadora do que uma que afeta qualquer outra parte do corpo.

Mito 3: A depressão é sempre situacional

Embora a depressão muitas vezes apareça por conta de um fato pontual, como perda de um ente querido, divórcio, estresse no trabalho, etc, ela não precisa desse tipo de faísca para começar. A depressão normalmente é diagnosticada quando alguém sofre de episódios prolongados (de pelo menos duas semanas) de desesperança, vazio e letargia que não têm nenhuma causa aparente. Esses períodos podem se manifestar inexplicavelmente, mesmo quando os eventos da vida parecem geralmente positivos. Esta, inclusive, é outra razão de porque depressão e tristeza não são sinônimos.

Mito 4: Sintomas de depressão são todos mentais

Embora seja verdade que muitos sintomas de depressão são coisas que normalmente associamos com a “cabeça” (emoção, tensão, etc), a condição se manifesta com frequência em todo o corpo. Sintomas depressivos comuns incluem indigestão, dificuldade em respirar, aperto no peito e fadiga geral. Alguns pacientes também se queixam de dores musculares persistentes.

Mito 5: Se você é diagnosticado com depressão, você usará antidepressivos o resto de sua vida

A forte presença de comerciais de antidepressivos e insistência da mídia nesse assunto tem tido uma repercussão negativa. Muitas pessoas têm medo de serem colocadas em um antidepressivo, mesmo que possam se beneficiar de seus efeitos, porque acham que o medicamento pode viciar e gerar uma dependência.
A realidade é que nem todo mundo se beneficia com antidepressivos. Segundo algumas estimativas, cerca de 40% das pessoas que recebem prescrição para ingerir o medicamento não experimentam nenhum benefício. Afinal, cada um é cada um. Algumas pessoas reagem melhor a formas de psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, ou uma combinação de medicação e terapia. Mesmo alguém que obtém bons resultados a partir de um antidepressivo pode, com supervisão médica, eventualmente, reduzir essa medicação. Por isso é importante o acompanhamento médico. Só um profissional irá saber o que receitar e qual o melhor tratamento para cada caso.

quarta-feira, 25 de junho de 2014


Governo fará ‘saque’ de 15 bi na Petrobras; ação despenca

petro-logo
Lembre-se sempre de quem você é acionista minoritário.
No que um analista chamou de “virada monstruosa”, as ações da Petrobras, que operavam em alta de 3% até o meio da tarde, terminaram o dia em queda de 3,6% depois que o mercado começou a entender a mais recente manobra do Governo envolvendo o caixa da empresa.
O Governo anunciou hoje que a Petrobras fará o pagamento, à União, de um bônus de assinatura no valor de 2 bilhões de reais este ano, seguido de mais 13 bilhões de reais entre 2015 e 2018 a título de antecipação de parte do excedente em óleo do pré-sal.
Os pagamentos anunciados hoje se referem aos volumes de petróleo que ultrapassam os limites contratados nos primeiros contratos entre a Petrobras e a União, logo após a descoberta do pré-sal.
Na época, estimou-se que uma determinada área do pré-sal continha ao menos 5 bilhões de barris de petróleo, e o Governo usou aqueles barris para fazer um aumento de capital na Petrobras — contrariando os acionistas minoritários, que tiveram que colocar dinheiro vivo na operação.
“O tamanho dos pagamentos não é um tamanho que assuste, mas o sinal enviado ao mercado é que o Governo, mais uma vez, está fazendo caixa em cima de uma companhia que já está apertada”, diz um gestor. “Você pode até fazer as contas e chegar à conclusão de que isso é um bom negócio para a companhia, mas a Petrobras ainda não retirou nem os 5 bilhões de barris originais, e já está antecipando ao governo caixa sobre o excedente.”
A decisão de hoje, tomada no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vem num momento em que as ações da Petrobras já subiram cerca de 50% a partir das mínimas do ano, embaladas pelo crescimento da oposição nas pesquisas eleitorais e a perspectiva de uma gestão mais profissional da empresa.
“[A decisão do CNPE] significa mais pressão sobre o caixa da empresa, que já está muito alavancada, e não traz nenhuma geração de caixa no curto prazo”, diz outro analista. “É péssimo para o papel.”
As ações preferenciais da Petrobras fecharam o dia a 17,64 reais.

terça-feira, 24 de junho de 2014



                                                         A PEDRA FILOSOFAL


Muito se escreveu e muito se tem escrito sobre essa célebre arte sagrada praticada na antiguidade, seja na Mesopotâmia, na China ou no Egito.
E seu ideário é impressionante.
Aliás, é acalentador o sonho da realização da grande obra alquímica, que é a produção da pedra filosofal ou pó de projeção — um catalisador fantástico capaz de entre outras coisas transmutar o chumbo em ouro.
Um sonho tentador.
Principalmente no que tange a essa perturbadora possibilidade de se ter esse poder de transformar qualquer material vil em algo de extremo valor e com isso conquistar riquezas extraordinárias sem depreender muito esforço.
E a alquimia nos fornece muito mais ainda em termos de possibilidades perturbadoras, além da riqueza instantânea.
Temos também outros dois sonhos acalentados há milênios: o célebre elixir da longa vida e a panaceia — ou cura para todas as doenças.
Respeitando as devidas proporções desse ideário alquímico parece que a Tecnologia Química vem obtendo êxitos significativos à medida que transforma areia em microchips e ar, petróleo e alcatrão em anti-inflamatórios, vacinas e antibióticos.
E é notório que essas suas aplicações na medicina e na bioquímica conseguiram quase que triplicar a esperança de vida da população e erradicar centenas de doenças.
A má notícia é que a riqueza instantânea conseguida pelos impérios tecnológicos é pessimamente distribuída, assim também no que tange aos avanços na medicina, na agricultura, na produção dos bens de consumo, etc. enquanto a poluição e o esgotamento dos recursos naturais ameaçam a tudo e todos.
Fica patente que a política dominante defende a privatização das benesses oriundas desse modelo de gestão da ciência enquanto que suas mazelas são coletivizadas.
Capitalizam-se os lucros — socializam-se os prejuízos.
Isso tem sido feito há milênios.
Conseguimos erradicar a peste negra, mas fomos incapazes de erradicar o orgulho ou a inveja ou a hipocrisia ou ao egoísmo, etc.
Nem mesmo conseguimos erradicar o nosso hábito secular de falar mal dos vizinhos e dos parentes ou o de fazer promessas que nunca serão cumpridas.
Criamos máquinas inteligentes que fazem cálculos rapidíssimos, porém nos tornamos a cada dia que passa, coletivamente mais imbecis e idiotas; seja no trânsito, no trabalho, no trato conjugal ou com a família; seja nos cuidados essenciais para preservar os ambientes social e natural.
Produzimos redes de comunicação em massa e ninguém se comunica de verdade e nem com a verdade.
Que comunicação é essa?
Construímos máquinas voadoras fantásticas que nos fazem ascender aos céus em extraordinárias velocidades, mas fomos incapazes de nos elevarmos moralmente um milímetro sequer.
Somos os mesmos bárbaros de sempre. Com sangue nos olhos.
– Apenas evoluímos em nosso jeito de matar.
E como mudar isso?
É preciso, então, enfatizar que o sonho alquímico teria que ser realizado por inteiro.
Um sonho que está apoiado na primeira das grandes transmutações.
A mais importante e primordial de todas.
Aquela que acontece dentro do próprio alquimista — nesse pequeno espaço de seu coração.

Muito se escreveu e muito se tem escrito sobre essa célebre arte sagrada praticada na antiguidade, seja na Mesopotâmia, na China ou no Egito.
E seu ideário é impressionante.
Aliás, é acalentador o sonho da realização da grande obra alquímica, que é a produção da pedra filosofal ou pó de projeção — um catalisador fantástico capaz de entre outras coisas transmutar o chumbo em ouro.
Um sonho tentador.
Principalmente no que tange a essa perturbadora possibilidade de se ter esse poder de transformar qualquer material vil em algo de extremo valor e com isso conquistar riquezas extraordinárias sem depreender muito esforço.
E a alquimia nos fornece muito mais ainda em termos de possibilidades perturbadoras, além da riqueza instantânea.
Temos também outros dois sonhos acalentados há milênios: o célebre elixir da longa vida e a panaceia — ou cura para todas as doenças.
Respeitando as devidas proporções desse ideário alquímico parece que a Tecnologia Química vem obtendo êxitos significativos à medida que transforma areia em microchips e ar, petróleo e alcatrão em anti-inflamatórios, vacinas e antibióticos.
E é notório que essas suas aplicações na medicina e na bioquímica conseguiram quase que triplicar a esperança de vida da população e erradicar centenas de doenças.
A má notícia é que a riqueza instantânea conseguida pelos impérios tecnológicos é pessimamente distribuída, assim também no que tange aos avanços na medicina, na agricultura, na produção dos bens de consumo, etc. enquanto a poluição e o esgotamento dos recursos naturais ameaçam a tudo e todos.
Fica patente que a política dominante defende a privatização das benesses oriundas desse modelo de gestão da ciência enquanto que suas mazelas são coletivizadas.
Capitalizam-se os lucros — socializam-se os prejuízos.
Isso tem sido feito há milênios.
Conseguimos erradicar a peste negra, mas fomos incapazes de erradicar o orgulho ou a inveja ou a hipocrisia ou ao egoísmo, etc.
Nem mesmo conseguimos erradicar o nosso hábito secular de falar mal dos vizinhos e dos parentes ou o de fazer promessas que nunca serão cumpridas.
Criamos máquinas inteligentes que fazem cálculos rapidíssimos, porém nos tornamos a cada dia que passa, coletivamente mais imbecis e idiotas; seja no trânsito, no trabalho, no trato conjugal ou com a família; seja nos cuidados essenciais para preservar os ambientes social e natural.
Produzimos redes de comunicação em massa e ninguém se comunica de verdade e nem com a verdade.
Que comunicação é essa?
Construímos máquinas voadoras fantásticas que nos fazem ascender aos céus em extraordinárias velocidades, mas fomos incapazes de nos elevarmos moralmente um milímetro sequer.
Somos os mesmos bárbaros de sempre. Com sangue nos olhos.
– Apenas evoluímos em nosso jeito de matar.
E como mudar isso?
É preciso, então, enfatizar que o sonho alquímico teria que ser realizado por inteiro.
Um sonho que está apoiado na primeira das grandes transmutações.
A mais importante e primordial de todas.
Aquela que acontece dentro do próprio alquimista — nesse pequeno espaço de seu coração.

Um Diamante Gigante.

Um diamante com o quilate do Sol

Astrônomos encontram estrela anã branca tão fria que carbono assumiu forma cristalizada característica da preciosa gema

POR 

Ilustração mostra o sistema binário composto pelo pulsar e a estrela que os astrônomos acreditam ser como um gigantesco diamante
Foto: B. Saxton/NRAO/AUI/NSF
Ilustração mostra o sistema binário composto pelo pulsar e a estrela que os astrônomos acreditam ser como um gigantesco diamante - B. Saxton/NRAO/AUI/NSF

RIO – Cobiçados por sua beleza e raridade, os diamantes da Terra costumam ser formados nas enormes pressão e temperatura nas profundezas do planeta. No espaço, no entanto, diversos fenômenos podem levar o carbono a assumir a forma cristalizada característica destas joias. Agora, astrônomos acreditam ter encontrado uma estrela moribunda que acabou se transformando em um gigantesco diamante com massa equivalente à do Sol.
- Realmente é um objeto notável – comenta David Kaplan, professor da Universidade de Wisconsin-Milwaukee e principal autor de artigo sobre a descoberta, publicado na edição atual do periódico científico “Astrophysical Journal” . - Estas coisas devem estar lá fora, mas, como são muito tênues, são muito difíceis de serem encontradas.
A “estrela-diamante”, localizada a cerca de 900 anos-luz de distância na direção da constelação de Aquário, é do tipo conhecido como anã branca, que representa um dos estágios finais da vida de astros parecidos com o nosso próprio Sol. Após esgotarem todo seu combustível nuclear, estas estrelas, compostas principalmente de carbono e oxigênio, entram em colapso e encolhem de um diâmetro de mais de 1,6 milhão de quilômetros para o tamanho aproximado da Terra, cerca de 12 mil quilômetros, lentamente esfriando ao longo de bilhões de anos até se tornarem anãs negras e deixarem de brilhar para sempre.
Segundo os astrônomos, a “estrela-diamante” na verdade parece ser a anã branca mais fria já encontrada, tão fria que o carbono nela se cristalizou na preciosa gema. Ela faz parte de um sistema binário em que tem como companheira uma outra estrela colapsada de forma ainda mais radical, resultado de uma explosão em supernova. Conhecidos como pulsares, estes objetos são estrelas de nêutrons tão densas que concentram uma massa superior à do Sol em um diâmetro ainda bem menor que o de uma anã branca, de menos de 40 quilômetros. Os pulsares ganharam este nome por emitirem pulsos regulares de rádio que podem ser detectados aqui na Terra.
Neste caso, foi apenas graças à existência do pulsar que os astrônomos puderam não só localizar a anã branca como calcular sua massa e inferir que ela é um imenso diamante. Batizado PSR J2222-0137, as primeiras observações do pulsar revelaram que ele estava girando a mais de 30 vezes por segundo e gravitacionalmente preso a uma companheira invisível, com o sistema completando uma órbita a cada 2,45 dias.
Usando a Teoria da Relatividade de Einstein, os pesquisadores estudaram como a gravidade da estrela companheira deformava o espaço, provocando atrasos nos sinais de rádio emitidos pelo pulsar, o que permitiu a eles determinar as massas individuais de ambos objetos em 1,2 vezes a do Sol para o pulsar e de 1,05 a do Sol para a estrela companheira. Os dados também indicaram ser muito pouco provável que esta companheira fosse outra estrela de nêutrons, já que suas órbitas são muito estáveis para que duas supernovas tivessem acontecido em um mesmo sistema, restando apenas a explicação de que seria uma anã branca.
Com a localização precisa do sistema em mãos e sabendo o quão brilhante uma anã branca deve ser a esta distância, os astrônomos acreditaram que seria possível vê-la em luz visível ou infravermelho. Mas observações feitas com alguns dos maiores e mais sensíveis telescópios disponíveis não mostraram nada no local.
- Nossas imagens deviam nos mostrar uma companheira cem vezes mais tênue que qualquer outra anã branca em órbita de uma estrela de nêutrons e pelo menos dez vezes mais tênue que qualquer outra anã branca conhecida, mas não vimos nada – conta Bart Dunlap, aluno da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e outro integrante do grupo responsável pela descoberta. - Se há mesmo uma anã branca lá, e quase certamente há, ela deve ser extremamente fria.
Com uma temperatura de superfície estimada em não mais 2,7 mil graus Celsius, os astrônomos acreditam que esta anã branca deve ser formada em grande parte por carbono cristalizado, sendo assim o equivalente a um enorme diamante.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Confissão de incompetência


A presidente Dilma Rousseff reuniu dez mulheres jornalistas para afirmar sua satisfação diante do pífio desempenho econômico do Brasil e sua incapacidade de imaginar um país com inflação menor e prosperidade maior. Não há problemas sérios e em 2015 "o Brasil vai é bombar", garantiu a presidente, como se os desajustes apontados por analistas da imprensa, de consultorias privadas, do setor financeiro e de entidades multilaterais fossem imaginários ou insignificantes.
Não se esperem, portanto, correções na política econômica, em caso de reeleição. Para começar, a tolerância à inflação será mantida, em nome de uma falsa defesa dos trabalhadores e dos brasileiros mais pobres.
"Faz uma meta de inflação de 3% e sabe o que isso significa? Significa desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como se mantêm o investimento social e o investimento público em logística com essa meta", desafiou a presidente. Ela poderia evitar essa imprudência se fosse um pouco mais informada e menos dependente de assessores incapazes.
Chile, Colômbia, Equador e Peru, para citar só uns poucos exemplos da vizinhança, têm crescido muito mais que o Brasil com inflação muito menor. No ano passado as taxas de expansão econômica desse grupo ficaram entre 4,2% e 5%. Neste ano devem ser pouco maiores. A menor inflação, de 1,9%, ocorreu na Colômbia. A maior, de 3%, no Chile. O desemprego na Colômbia, de 10,6%, foi o único muito acima da média latino-americana (6,3%). Ficou em 4,6% no Equador, 5,9% no Chile e 6% no Peru.
No Brasil, o dado oficial, repetido pelos organismos internacionais, apontou 5,5% de desocupação, pouco abaixo do nível registrado em países latino-americanos mais dinâmicos e com inflação bem menor. Mas será correto esse número, apurado em seis regiões metropolitanas? Outra pesquisa do IBGE, a Pnad Contínua, realizada em 3.500 municípios, apontou uma desocupação na faixa de 7%, superior à média da América Latina. Por uma extraordinária coincidência, aliados do governo tentaram interromper a divulgação de novos dados dessa pesquisa.
Mas a recusa da meta de 3% está muito longe de corresponder à defesa de uma inflação de 4,5%, a meta em vigor. A inflação acumulada em 12 meses tem ficado em torno de 6% e a presidente, assim como seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem-se mostrado satisfeita com qualquer número até 6,5%, limite da margem de tolerância, impropriamente chamado de "teto da meta". Mas a meta é de 4,5% e nada, nos últimos anos, justificou resultados piores.
Na noite do jantar presidencial, o ministro Guido Mantega também rejeitou, em entrevista à TV Brasil, a redução da meta de inflação. Usou as desculpas de sempre, mencionando choques de preços, como se ocorressem apenas no Brasil. Pelo menos quanto a isso a presidente concordou com seu ministro. Mas ela o desmentiu, ao descartar a ideia de aumento de impostos para reforçar a política fiscal.
"Não sei em que circunstâncias ele falou", explicou a presidente. "Às vezes a gente escorrega em casca de banana." A fala seria mais convincente se ela contasse como seu governo alcançará a meta fiscal prometida para este ano e como se compensarão as perdas acumuladas por empresas do setor elétrico, prejudicadas pela contenção de tarifas imposta pelo governo.
A presidente insistiu em atribuir os problemas brasileiros à crise internacional e em bravatear, comparando o desempenho brasileiro com o de outros países. "Estamos nos saindo muito bem diante da conjuntura mundial." Esse discurso é velho e repetidamente superado pelos fatos. Foi desmentido, nos últimos anos, na comparação do pífio crescimento e da elevada inflação do Brasil com os números de outros países emergentes. Agora é desmentido também quando se compara o déficit nominal das contas públicas brasileiras com os dados dos países mais avançados. O déficit brasileiro tem aumentado e é hoje muito parecido com a média da zona do euro.
A presidente parece acreditar nas próprias palavras. Isso apenas reforça as previsões de tempos ainda muito ruins para a economia brasileira.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

ovo escândalo da JBS Friboi liga BNDES e governos do PT

Tuma Junior diz que relação JBS Friboi com os governos do PT é a maior "lavanderia da história da América Latina"

A Friboi, marca do grupo JBS, apresentou hoje, oficialmente, sua nova campanha publicitária para 2014, com a participação especial de Roberto Carlos (Divulgação)
A Friboi, marca do grupo JBS, apresentou hoje, oficialmente, sua nova campanha publicitária para 2014, com a participação especial de Roberto Carlos (Divulgação)
Mais uma denúncia quente do delegado de polícia e ex-secretário nacional de justiça doGoverno Lula, Romeu Tuma Junior, esquenta o debate político no Brasil em 2014. Depois de desnudar o PT através do livro Bomba, Assassinato de Reputações, Tuminha entrou de sola nos governos do PT ao tratar das eleições deste ano. Ao responder na rede social Twitter ao engenheiro civil e 
professor
 da Universidade Federal do Paraná, Ossami Sakamori, Tuma Junior levantou a bola para um assunto de extrema gravidade. O professor Osssami Sakamori trouxe a Tuma Junior a informação da gigantesca dívida do grupo empresarial JBS Friboi com o BNDES, que beira a R$ 30 bilhões, sendo que a empresa vale apenas R$ 8 bilhões. (Veja matéria abaixo)
A coisa engrossou quando o professor da Universidade do Paraná informou a Tuma Junior que o Grupo JBS Friboi bancará a campanha de Dilma Rousseff (PT) em 2014. O ex-secretário nacional de justiça do governo Lula, um homem dos mais bem informados da república, bateu pesado ao responder Ossami Sakamori. Tuminha garante que quando tudo vier à tona quanto a relação JBS Friboi e Governos do PT, o Brasil verá o aquilo que ele diz ser “A MAIOR LAVANDERIA DA HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA”.
Friboi deverá financiar Dilma 2014.
Folha de SP (29.04)
Sob o argumento de promover a internacionalização e reduzir a informalidade, o BNDES injetou, por meio da compra de ações e títulos, R$ 12,8 bilhões em frigoríficos como JBS, Marfrig e Independência desde 2007. A cifra corresponde a 9% do orçamento do banco em 2014.
Folha de SP (05.01)
Em meio às celebrações da virada do ano, o BNDES selou um acordo para, mais uma vez, favorecer o grupo Marfrig, um dos “campeões nacionais” do governo Lula. Com uma dívida de quase R$ 6,7 bilhões e valendo R$ 2,1 bilhões na Bolsa, o Marfrig está numa situação financeira muito delicada. Em meados de 2013, o grupo repassou a Seara ao concorrente JBS, que assumiu R$ 5,85 bilhões em dívidas.
Comentário
Sempre, as notícias vem em conta gotas.  Mas, as maracutaias dos governos Lula & Dilma, pelo menos no âmbito do BNDES, estão blindadas.  O dinheiro dos empréstimos ou participações do banco de fomento federal, somem no ralo, sem dar mínima explicação ao mercado e ao contribuinte.  Foi o que aconteceu com os empréstimos do BNDES, no montante declarado pelo próprio BNDES em R$ 10,6 bilhões concedidos ao grupo OGX.  Simplesmente, ninguém explicou para onde foi parar.
As notícias que a Folha levantou, fala-se em passivo do grupo de empresas frigoríficos junto ao BNDES em R$ 12,8 bilhões, que aparentemente corresponde às participações acionárias aos grupos de empresas citadas, via BNDESpar, braço de participação financeira do banco de fomento federal, BNDES.  Isto é valor de aquisição das ações das companhias citadas no boom da Bolsa de Valores.  Hoje, no mercado este montante de investimento deve estar valendo cerca de 20% do valor colocado pelo BNDES.
As notícias da Folha apontam que o Marfrig se encontra em situação delicada.  Consta na notícia, também, que o JBS, outra empresa do ramo de frigorífico, assumiu uma dívida junto ao BNDES no montante de R$ 5,85 bilhões na aquisição da empresa Seara pertencente ao Marfrig, para não deixar o Marfrig naufragar de vez.  Foi dada uma espécie de sobrevida ao Marfrig para evitar outro escândalo igual ao da empresa OGX do Eike Batista.
Há um inquérito correndo na área da Justiça Federal do estado de Rio de Janeiro, em investigação pelo MPF/RJ, sobre os empréstimos suspeitos do BNDES ao grupo Marfrig.  Consta do inquérito, que a empresa Marfrig teria contratado uma empresa de consultoria que pertencia ao atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho.  As maracutaias são feitas, intra muro, para evitar vazamento de informações negativos. O papel manipulado, aceita tudo!  Assim como, a situação real da OGX foi escondida pelo próprio BNDES ao mercado acionário e ao público em geral.
O grupo Marfrig é apenas ponta de “iceberg” dos empréstimos fajutos do BNDES aos frigoríficos.  Isto, não sou eu que estou a afirmar, mas no mercado financeiro, até engraxate da Bovespa sabe que o rombo maior vem da empresa JBS.  Para quem não sabe, com a ajuda do Lula & Dilma, o grupo se tornou maior empresa no setor de frigoríficos, senão, o maior faturamento do Brasil.  Isto não quer dizer muita coisa.  A maior empresa montadora nos EEUU, a GM, quase foi a pique, na crise financeira americana de 2008, se não fosse socorro do Obama.
O setor de frigoríficos é uma segmento que a margem da rentabilidade operacional é quase nula.  A JBS não ganha no operacional, mas sim no financeiro, tanto quanto a GM ganhava no financeiro ao invés de operacional, produzindo seus veículos.  O grupo JBS está na corda bamba há muito tempo.  Estima o mercado que o grupo JBS deve ao sistema BNDES, com empréstimos subsidiados, o Bolsa Empresário, um montante que beira R$ 30 bilhões.  O patrimônio líquido da JBS é de R$ 8 bilhões, segundo balancete de 3ºT/ 2013, do próprio JBS, descontados os R$ 14,8 bilhões de valores intangíveis.
Bem, o conglomerado JBS, é dos outros Batistas, o Joesley e Wesley Batista, famosos também no “jet set” nacional e internacional, com iate de US$ 40 milhões comprado indiretamente com o dinheiro do BNDES e seus jatinhos cruzando o País de norte ao sul, acontecem no mundo social, também.
Estes Batistas, tem comportamento megalomaníaco do outro Batista, o estelionatário Eike Batista.  Acontecem e esbanjam o dinheiro nosso, o suado dinheiro do sistema BNDES.  Os dois irmãos, são empresários que não têm 40 anos de idade e não herdaram fortuna dos pais.  Ambos os Batistas tem em comum os padrinhos Lula & Dilma.  Isto explica.
Enquanto permanecer os governos Lula & Dilma, os  Batistas das carnes Friboi do Tony Ramos, estarão na mídia e estarão blindados com o dinheiro fácil do BNDES.  Só para lembrar, o presidente do Banco Central do Lula, o banqueiro Henrique Meirelles é o principal articulador do grupo junto ao governo da Dilma.  Costa quente eles tem, até demais.  Até quando o grupo JBS vai viver às custas do BNDES, ninguém sabe.  Só Dilma sabe!
JBS/Friboi do conhecido comercial do Tony Ramos é o próximo OGX, a sucumbir, se o governo do PT perder as eleições.  Se Dilma ganhar as eleições, a festa continua!  E cada vez mais o BNDES vai botar nosso dinheiro no Friboi do Tony Ramos.  Com certeza absoluta, O JBS será oprincipal financiador da campanha da Dilma.  Quem sabe, Tony Ramos será o principal mascote da Dilma 2014.
Cai fora, Tony Ramos, e Roberto Carlos antes que Friboi afunde!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Ingerência política na Eletrobras ajuda a causar rombo de R$ 13 bi desde 2012

  • Este ano, empresa deve fechar no vermelho de novo

RIO - A crise no setor elétrico gera, até o momento, duas expectativas ruins e uma “vítima” real. Para o futuro se espera um forte aumento deconta de luz, que poderá ficar ainda mais cara até 2019, e o temor de racionamento. No presente, a grande perdedora é a Eletrobras. A estatal, que engloba Eletronorte, Eletrosul, Chesf e Furnas, amarga prejuízos bilionários, recebe valores que não cobrem seus custos, atrasa o pagamento de fornecedores, é obrigada a entrar em consórcios pouco conhecidos e com retorno duvidoso e perde seu corpo técnico. Especialistas acreditam que, devido ao prejuízo acumulado em 2012 e 2013, de R$ 13,217 bilhões, a empresa precisará de socorro do governo nos próximos anos. Este ano a conta não deve fechar de novo.
A Eletrobras tem sofrido com a interferência política, usada como braço empresarial para projetos do governo que causaram os atuais desequilíbrios do setor elétrico. Com isso, seu valor de mercadodesabou de R$ 46 bilhões, em 2010, para os atuais R$ 11,094 bilhões, queda de 75,89%.

As decisões para estas participações são baseadas no desejo do governo de fazer
 grandes projetos saírem do papel. Um dos casos mais recentes foi o leilão da Usina Três irmãos, da Companhia Energética de São Paulo(Cesp), quando a estatal apoiou um grupo de fundos de investimentos que não são do setor e As dificuldades da estatal — cuja direção tem forte ligação com o PMDB, mas que está também sob influência direta da presidente Dilma Rousseff, que vem do setor elétrico — não são poucas nem pequenas. A empresa, que em 2006 estava se preparando para se internacionalizar e crescer, começou a ter problemas quando o governo a obrigou a usar suas subsidiárias para participar dos leilões de construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Desde então, a estatal entra com mais de 40% em todo grande projeto de energia do país.
sem
 conhecer seus controladores. Na sequência, a Eletrobras teve que assumir seis distribuidoras estaduais que foram federalizadas, geram prejuízos e precisam de aportes altos.
Empresa espera ter lucro este ano
golpe de misericórdia foi dado em 2012, com a Medida Provisória (MP) 579, que tentou baixar à força o preço da energia no país, com uma proposta de renovação antecipada dos contratos do setor em troca de tarifas menores. Para isso, a estatal viu o valor de seus ativos caírem em R$ 10 bilhões e teve que celebrar contratos em que se compromete a vender energia elétrica a R$ 9 o megawatt hora (MWh), preço 92,5% menor que a média de R$ 120 praticada pelo setor hidrelétrico. Para piorar, a estatal, com seu Programa de Demissão Voluntária, tem perdido profissionais competentes, desmontando seu corpo técnico.
— O governo está matando a Eletrobras a agulhadas — afirma Erik Eduardo Rego, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP.
A Eletrobras diz estar em fase de reestruturação. O objetivo da companhia, oficialmente, é voltar ao azul ainda este ano. “Estão sendo finalizados os estudos para a reestruturação do modelo de gestãoempresarial, da governança corporativa e societária. Eles devem ser apresentados até o fim deste semestre. A empresa deixou de receber receitas no valor de R$ 8,5 bilhões e está, no momento, adequando-se a essa situação”, informou a empresa por e-mail.
Apesar de ser a maior empresa de energia do país, respondendo por 34% da geração nacional e com faturamento anual de R$ 23,8 bilhões, a empresa é apenas a 33ª mais valiosa da Bolsa. Seu valor de mercado (R$ 11,094 bilhões) está inferior ao de outras empresas menores do setor, como Tractebel (avaliada em R$ 20,8 bilhões e com receita anual de R$ 5,6 bilhões), Cemig (valor de mercado em R$ 20,2 bilhões e receita de R$ 14,6 bilhões) e CPFL Energia (avaliada em R$ 18,7 bilhões e receita de R$ 14,6 bilhões).
— O que ocorreu com a Eletrobras eu nunca vi em nenhum outro lugar do mundo. O governo determinou em 2012 a venda do MWh a R$ 9 baseado em estudos do período pós-apagão, quando a estatal teve prejuízo. Este valor não paga os custos. No futuro, o Tesouro Nacionalterá que socorrer a empresa — diz Roberto D’Araújo, presidente do Instituto para o Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico.
Graças à MP 579, diz D’Araújo, outra hidrelétrica vende o MWh a R$ 270 a 15 quilômetros de onde Furnas fornece a R$ 9, ambas geradas no mesmo Rio Grande.
Meta era ser ‘Petrobras do setor elétrico’
Presidente da Eletrobras entre 2003 e 2004, o diretor do Coppe/UFRJ Luiz Pinguelli Rosa recorda da meta central da empresa nos primeirosanos do século: transformá-la na Petrobras do setor elétrico.
— Mas a MP 579 causou uma inviabilidade econômica gigantesca para a empresa. A depreciação foi enorme. O plano de demissão voluntária provocou a perda de bons engenheiros, de bons técnicos. Além disso, há dificuldade de manutenção na estrutura atual e problemas com distribuidoras e geradoras do Norte e do Nordeste.
Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, afirma que a empresa tem que buscar investimentos que aumentem rapidamente seu fluxo de caixa: linhas de transmissão e geração eólica:
— O que vemos na Eletrobras não é um abacaxi, é uma plantação de abacaxis — diz, defendendo que a empresa feche seu capital para ficar menos pressionada.
Karina Freitas, analista da Concórdia Corretora, diz que o problema é a interferência política. Sem isso, a Eletrobras poderia não ter renovado algumas das concessões dentro da MP 579. Para ela os papéis da estatal estão voláteis, ao sabor das pesquisas eleitorais, mas nem a piora da presidente — que pode indicar nova gestão — deve melhorar a cotação das ações.
Funcionários preocupados
A participação da estatal em grandes projetos, com fundos poucos conhecidos, gera desconfiança em Ildo Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP:
— A Eletrobras é hoje uma muleta para o governo fazer negóciosobscuros. E ela precisou assumir isso depois que o governo reduziu o valor de seu recebimento na canetada, sem estudo, pagando valores inexequíveis.
Na semana passada, os funcionários fizeram greve de dois dias para cobrar o pagamento da participação nos lucros e resultados. Segundo a Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), a empresa alega que não houve lucros para o pagamento das bonificações.
Procurado, o governo informou “que os entes públicos que falam sobre o setor elétrico são: Eletrobras, Ministério de Minas e Energia, EPE, ONS e Aneel. Sobre aporte do Tesouro, a fonte deve ser o Ministério da Fazenda”.