sexta-feira, 25 de janeiro de 2019


Vídeo estarrecedor de como a Terra será em um bilhão de anos


Ninguém pode dizer com certeza o que o futuro trará, mas esse vídeo resumiu todas as previsões apoiadas pela ciência que podemos razoavelmente fazer sobre como a Terra mudará nos próximos 1 bilhão de anos.
É muito improvável que alguém esteja por perto para ver a maioria dessas mudanças acontecer, então aproveite para ver aqui um mundo onde um supercontinente reina supremo, o Monte Everest não é mais a montanha mais alta em nosso planeta e o sol é muito mais quente.
Uma das previsões mais legais é a ideia de que, dois milhões de anos no futuro, seres humanos em diferentes planetas terão evoluído para espécies completamente diferentes que talvez não conheçam umas às outras. Em outras palavras, nós nos tornamos os alienígenas.
Pode soar um pouco exagerado, mas quando você realmente pensa sobre o quanto a Terra mudou mesmo desde que os antepassados ​​humanos evoluíram pela primeira vez na África, não é tão louco. Dentro da vida de nossa espécie, já vimos a ponte terrestre de Bering que ligava a Ásia à América do Norte desaparecer e os humanos andarem na Lua.
Para aqueles que não querem ver o vídeo, aqui estão alguns dos melhores momentos do que ainda está por vir:
Ano 10.000
Esqueça o bug do milênio, no ano 10.000, nossos dispositivos serão confrontados com o bug muito real dos 10.000 anos. Neste momento, todos os nossos softwares entram no ano com quatro casas decimais, então, quando atingirmos o ano 10 mil, a tecnologia não poderá mais codificar datas.
Se as tendências atuais da globalização continuarem, todos os traços genéticos humanos, como a pele e a cor do cabelo, serão distribuídos uniformemente em todo o mundo. Não haverá mais variação humana associada à região.
Ano 50.000
Toda a linguagem moderna deixará de ser reconhecível no ano 20.000, e por volta de 50.000, o planeta também começará a ficar diferente – as Cataratas do Niágara, por exemplo, terão uma erosão total em um lago gigante.
A Terra também entrará em outro período glacial, independentemente das atuais tendências do aquecimento global.
Ano 100.000
Todas as estrelas e constelações visíveis da Terra serão completamente diferentes.
Se chegarmos a Marte, podemos ter o transformado em uma “segunda Terra”
Ano 500.000
A Terra provavelmente será atingida por um asteroide de 1 km de diâmetro, a menos que de alguma forma evitemos isso artificialmente.
Ano 1 milhão
A Terra provavelmente experimentaria até o ano 1 milhão uma erupção supervulcânica grande o suficiente para espalhar 3.200 km3 de cinzas para a atmosfera – semelhante à super-erupção de Toba que quase eliminou a humanidade há cerca de 75 mil anos.
A nossa estrela vizinha Betelgeuse explodirá em uma supernova que será totalmente visível da Terra, mesmo durante o dia.
Ano 2 milhões
Se os humanos tiverem colonizado vários planetas, agora eles provavelmente terão evoluído para várias espécies diferentes, adaptadas ao seu próprio habitat. Eles podem não estar cientes das outras espécies humanas.
O Grand Canyon terá corroído em um vale ainda maior.
Ano 50 milhões
A África entrará em colisão com a Eurasia e fechará o Mar Mediterrâneo, gerando uma nova cordilheira de montanhas que poderia produzir uma montanha mais alta que o Monte Everest.
Ano 250 milhões
Todos os continentes na Terra terão se fundido novamente em um supercontinente que será mais ou menos assim:

Anos 500 a 600 milhões
Uma explosão mortal de raios gama ocorrerá dentro de 6.500 anos-luz da Terra, provocando uma extinção em massa.
A luminosidade crescente do Sol irá parar os movimentos das placas tectônicas, e os níveis de Co2 na atmosfera cairão dramaticamente. A fotossíntese C3 não será mais possível e 99% da vida vegetal atual na Terra morrerá.
Ano 800 milhões
Os níveis de dióxido de carbono continuarão caindo até o ponto em que a fotossíntese C4 não será mais possível. Oxigênio e ozônio desaparecerão da superfície da Terra, impossibilitando qualquer tipo de vida complexa.
Ano 1 bilhão
A luminosidade do sol vai ser 10% mais forte do que é hoje. A temperatura da Terra aumentará para 47ºC em média, o que transformará a atmosfera em uma estufa que fará evaporar os nossos oceanos. Bolsões de água líquida podem existir perto dos polos, e estes serão os últimos lugares da Terra capazes de conter vida.
É claro que já houveram muitas surpresas em toda a história da Terra e, sem dúvida, há muitas surpresas por vir. Isso é apenas uma amostra animadora em alguns aspectos e bastante assustadora em outros do que os próximos bilhões de anos podem trazer.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019


Podemos finalmente saber o que causa a doença de Alzheimer



Um novo estudo americano pode finalmente ter descoberto a elusiva causa da doença de Alzheimer: Porphyromonas gingivalis, a principal bactéria da doença gengival crônica.
A má notícia é que doenças da gengiva afetam cerca de um terço da população. A boa é que um medicamento que bloqueia as principais toxinas da P. gingivalis já está em fase de testes clínicos, e pesquisas recentes indicam que pode parar e até reverter o Alzheimer.
A hipótese
A doença de Alzheimer é um dos maiores mistérios da medicina. A demência é hoje a quinta maior causa de morte em todo o mundo, e o Alzheimer constitui cerca de 70% desses casos.
No entanto, não sabemos o que o causa. A condição frequentemente envolve o acúmulo de proteínas chamadas amiloides e tau no cérebro. Logo, a principal hipótese era de que a doença surgia de algum desiquilíbrio nessas duas substâncias.
Só que as pesquisas realizadas nos últimos anos revelaram que as pessoas podem ter acúmulo de placas amiloides sem ter demência. Além disso, tantos esforços para tratar o Alzheimer moderando essas proteínas falharam que a teoria foi seriamente questionada.
Novas evidências indicaram que a função das proteínas amiloides poderia ser uma defesa contra bactérias, o que levou a uma série de estudos sobre as bactérias que poderiam estar envolvidas no Alzheimer. Foi assim que os pesquisadores descobriram que as que causam doenças nas gengivas pareciam ser um importante fator de risco para a condição.
P. gingivalis
Diversas bactérias, incluindo as envolvidas em doenças da gengiva, foram encontradas no cérebro de pessoas que tinham Alzheimer após sua morte.
No começo, os cientistas não sabiam se essas bactérias causavam a doença ou se simplesmente atingiam o órgão através de danos cerebrais causados por ela.
Estudos separados investigaram o papel da P. gingivalis e descobriram que:
·         A bactéria invade e infla regiões afetadas pelo Alzheimer;
·         Infecções da gengiva podem piorar os sintomas de Alzheimer em ratos;
·         A bactéria pode causar inflamação do cérebro semelhante à de Alzheimer, dano neural e placas amiloides em ratos saudáveis.
Essas evidências, vindas de laboratórios diferentes, todas convergem para sugerir que a P. gingivalisdesempenha um grande papel na doença.
O novo estudo
Um novo estudo da Cortexyme, uma empresa farmacêutica da Califórnia (EUA), encontrou as enzimas tóxicas que P. gingivalis usa para se alimentar de tecido humano, chamadas gengivinas, em 96% das 54 amostras de cérebro com Alzheimer que analisaram.
Os cientistas também encontraram as próprias bactérias em três cérebros com Alzheimer cujo DNA examinaram.
As bactérias e suas enzimas foram descobertas em níveis mais elevados nos indivíduos que sofriam de pior declínio cognitivo e tinham mais acúmulos de amiloide e tau.
A equipe ainda encontrou as bactérias no líquido espinhal de pessoas vivas com doença de Alzheimer, sugerindo que essa técnica pode fornecer um método há muito procurado para diagnosticar a doença.
O tratamento
Em outro experimento, a equipe da Cortexyme infectou ratos com P. gingivalis e observou que a bactéria levou a infecção cerebral, produção de amiloide, emaranhados de proteína tau e dano neural nas regiões e nervos normalmente afetados pela doença de Alzheimer.
O laboratório já havia desenvolvido moléculas que bloqueiam as gengivinas. Uma vez que os ratos foram tratados com elas, isso reduziu as infecções, interrompeu a produção de amiloide, diminuiu a inflamação cerebral e até curou neurônios danificados.
A equipe descobriu que um antibiótico que mata a P. gingivalis obteve resultados semelhantes, mas com menos eficácia, uma vez que as bactérias rapidamente desenvolveram resistência a ele. Não resistiram aos bloqueadores da gengivina, contudo.
Achamos a cura?
Infecções nas gengivas são muito mais comuns que a doença de Alzheimer. Pode ser que a condição ataque pessoas que acumulam gengivinas e danos no cérebro rápido o suficiente para desenvolver sintomas durante suas vidas.
A Cortexyme afirmou que seu melhor bloqueador de gengivina havia passado nos testes iniciais de segurança com humanos em outubro passado. No final deste ano, a companhia lançará um teste maior do medicamento, procurando P. gingivalis no líquido espinhal de pacientes e checando por melhorias cognitivas antes e depois da administração do bloqueador.
A empresa também planeja testá-lo contra as próprias doenças da gengiva. Outra equipe em Melbourne, na Austrália, desenvolveu uma vacina para P. gingivalis com esse fim, e os testes já se iniciaram. Se essa vacina para a doença da gengiva também for capaz de deter o Alzheimer, o impacto será enorme.
Um artigo sobre a pesquisa da Cortexyme foi publicado na revista científica

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

A estranha doença que transforma músculos em ossos

Por , em 16.06.2013
Em listas de condições médicas bizarras/assustadoras, a fibrodysplasia ossificans merece um lugar especial: músculos gradualmente se transformam em ossos e, conforme a doença evolui, a pessoa tem dificuldade não apenas de se mover, mas também de se alimentar e respirar.
Extremamente rara (acredita-se que haja 1 ou 2 milhões de casos atualmente, e só algumas centenas foram relatadas), essa condição é causada por uma mutação no gene ACVR1, que serve para produzir uma proteína que converte cartilagem em osso – um processo que, normalmente, ocorre de forma gradual e bastante limitada da infância à vida adulta.
Qualquer tipo de trauma físico em uma pessoa com fibrodysplasia ossificans pode fazer com que os músculos na região afetada comecem a ossificar. Esse processo também pode ser causado por doenças virais, como gripe.Em geral, o problema se manifesta ainda na infância, com o enrijecimento do pescoço e dos ombros e, infelizmente, não há cura conhecida (há uma proteína que interrompe a ossificação em ratos, mas falta testar em humanos), e qualquer intervenção cirúrgica pode agravar a situação. Até o momento, a única coisa que uma pessoa com fibrodysplasia ossificans pode fazer é tomar muito cuidado para evitar qualquer tipo de trauma físico.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Repressão da sexualidade feminina vem de todos os lados

Por , em 30.12.2018
Uma vez que o sexo é cobiçado pelos homens, as mulheres limitariam o acesso como forma de manter vantagem na negociação deste recurso. Mulheres que fazem sexo prontamente comprometeriam a posição de poder do grupo, razão pela qual muitas mulheres são particularmente intolerantes a mulheres que são, ou parecem, promíscuas, defende Tracy Vaillancourt, pesquisadora que conduziu uma pesquisa semelhante ao novo estudo, em entrevista ao jornal New York Times.
Este novo estudo, entretanto, confirma que as duas suposições estão corretas: homens e mulheres suprimem a sexualidade feminina. No entanto, somente as mulheres tendem a punir outras mulheres que se mostram sexualmente mais livres, mesmo que isso tenha um custo para elas próprias.

Sexualidade e castigo

No estudo, os voluntários participavam de um “Jogo de Tomada de Decisões Econômicas” on-line contra um um suposto adversário real localizado em qualquer parte do mundo. Na realidade, no entanto, seus oponentes eram apenas respostas automáticas que correspondiam a uma entre três modelos femininas, cada uma com fotos em contextos sexualmente restritivos e sexualmente provocativos. Para as fotos sexualmente provocantes, as modelos usavam roupas vermelhas e muita maquiagem, enquanto as fotos conservadoras eram feitas com roupas folgadas de cores neutras.  

No primeiro dos três experimentos, os participantes receberam 20 dólares e uma instrução: poderiam dar qualquer quantia em dinheiro ao destinatário com o qual estivessem conectados online. Suas identidades permaneceriam anônimas para o destinatário. O resultado: homens e mulheres davam menos dinheiro às modelos que se vestiam provocativamente.
Os pesquisadores também testaram como os participantes julgavam a confiabilidade dos dois conjuntos de modelos. Os participantes recebiam uma quantia em dinheiro e prestavam contas a um administrador. Eles foram informados de que qualquer quantia que eles entregassem ao administrador seria triplicada, mas o problema era que o administrador poderia então escolher devolver qualquer quantia ao investidor, ou nenhuma. Mais uma vez, como previsto, homens e mulheres eram menos propensos a confiar nas mulheres que usavam roupas sexualmente provocantes.
“Isso é consistente com nossa visão de que mulheres sexualmente acessíveis são percebidas como mais propensas a trair parceiros ou a roubar os parceiros dos outros”, apontam os pesquisadores, segundo a matéria do Big Think.
Finalmente, o último jogo testou se as mulheres são mais propensas a infligir punições onerosas a mulheres sexualmente disponíveis, mesmo que isso às afete diretamente. No jogo, uma pessoa recebeu uma quantia em dinheiro e poderia optar por dar qualquer quantia ao outro jogador. Enquanto isso, o destinatário poderia optar por aceitar a oferta ou rejeitá-la se ela parecesse injusta. Se o destinatário rejeitasse, nenhum dos jogadores receberia nada. Os resultados mostraram que as mulheres eram consideravelmente mais propensas a rejeitar ofertas que julgavam injustas, o que significava que estavam dispostas a perder dinheiro apenas para punir sua adversária sexualmente acessível.
Com os resultados, os pesquisadores concluíram que culpar um só gênero pela supressão da sexualidade é uma explicação incompleta. “Em vez disso, ambos os sexos perpetuam e mantêm avaliações preconceituosas de mulheres sexualmente acessíveis, mas por diferentes razões. Portanto, propomos uma teoria da sexualidade feminina que reconhece que homens e mulheres têm diferentes vias para o sucesso reprodutivo, e que homens e mulheres podem tentar controlar a sexualidade de uma mulher simultaneamente. Isso complementa as evidências anteriores de que homens e mulheres são motivados a objetificar mulheres sexualizadas por meio de mecanismos diferentes. Se a sociedade quiser entender e superar o duplo padrão sexual, os intervencionistas devem procurar descobrir como homens e mulheres variam em suas atitudes em relação às mulheres sexualizadas”, defendem no estudo. [Big ThinkNY TimesPsy Post]


ata também germinaram

Ps de entrar para a história como a primeira nação a pousar uma nave no lado afastado da Lua, a China segue ampliando sua relevância na exploração espacial. Agora, o país anunciou que a missão Chang'e 4 obteve sucesso em plantar algodão em nosso satélite natural.
As sementes levadas pela sonda já brotaram, com esta sendo a primeira ocorrência de matéria biológica crescendo na Lua em toda a história. A agência espacial chinesa (CNSA, ou China National Space Administration) liberou uma imagem mostrando as sementes de algodão brotando em um recipiente fechado, com a foto em questão sendo divulgada no Twitter pelo jornal People's Daily.
.
Na legenda, o jornal diz: "Primeira na história da humanidade: uma semente de algodão trazida à Lua pela sonda chinesa Chang'e 4 brotou, conforme mostra a foto de teste mais recente, marcando a conclusão do primeiro experimento biológico da humanidade na Lua".
O professor Liu Hanlong, da Universidade de Chongqing, que liderou a pesquisa, disse também que sementes de colza e batata chegaram a germinar, mas que as sementes de algodão foram as primeiras a brotar. O avanço inédito pode abrir caminho para que novas espécies de vegetais sejam cultivadas na Lua dentro de um ambiente artificial e controlado, com as batatas podendo ser usadas como fonte de alimento para futuros exploradores espaciais, enquanto o algodão pode ser usado para confeccionar roupas e a colza gera um óleo utilizado na produção de biodiesel.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Descoberta a maior estrutura do universo

Por , em 16.01.2013
O astrônomo Roger Clowes, da Universidade Central Lancashire em Preston (Inglaterra), e sua equipe de astrônomos encontraram um aglomerado de quasares que, além de bater o recorde de maior estrutura do universo, também abala as estruturas da astronomia moderna.
Utilizando os dados do Levantamento Digital do Céu Sloan (Sloan Digital Sky Survey – SDSS), o mais completo mapa 3D que temos do universo, a equipe identificou um grupo de 73 quasares, estendendo-se por uma faixa 4 bilhões de anos-luz.
Desde 1982 sabia-se que os quasares tendiam a se agrupar em grupos grandes (LQG, “large quasar groups”, na sigla em inglês). O primeiro LQG foi descoberto em 1982. O maior deles, com 630 Mpc (megaparsec) ou 2 bilhões de anos-luz, foi observado em 1991.as maiores coisas do Universo
Por um tempo, achava-se que o “1991 LQG” era o maior objeto do universo. No entanto, este novo grupo tem praticamente o dobro do tamanho, com 1240 Mpc de comprimento. Situado a 9 bilhões de anos-luz de distância, ele recebeu o nome de “Huge-LQG” (“enorme grupo grande de quasares”).

Modelo padrão abalado?

Quando Albert Einstein aplicou a Teoria da Relatividade pela primeira vez, precisou fazer algumas simplificações de pressupostos razoáveis que pareciam aplicar-se ao universo.
Uma destas simplificações foi presumir que ao olhar para grandes fatias do universo, elas deveriam ser essencialmente parecidas, um princípio cosmológico chamado de isotropia, que até recentemente havia sido confirmado por observações.
Além disso, cálculos indicavam que os aglomerados mantidos unidos pela gravidade teriam um tamanho máximo, de cerca de 1,2 bilhões de anos-luz.
A descoberta deste enorme grupo de quasares conectados gravitacionalmente parece desafiar o princípio cosmológico da isotropia e a compreensão que temos sobre como a gravidade mantém aglomerados gigantescos. Mas antes de repensar os modelos atuais padrões, são necessárias mais pesquisas e verificações. [Monthly Notices of the Royal Astronomical SocietyNational GeographicThe Hammoc PhysicistSpace.comGizmodoSpace DailyNew ScientistarXiv]

domingo, 13 de janeiro de 2019

É assim que uma lição de casa do Egito Antigo se parecia

Por , em 12.01.2019

A vida infantil no Egito Antigo não era só mergulhar no rio Nilo e brincar com gatos; aparentemente, envolvia lição de casa também.
Pelo menos se você fosse do sexo masculino e bem-nascido. Naquela época, a educação formal era quase exclusivamente o reino dos homens de famílias ricas.
Um tablete de cera de 1.800 anos que remonta ao Egito do século II dC, na época sob o controle do Império Romano, revela que tipo de ensino era oferecido a crianças em idade escolar.A identidade do aluno é desconhecida.Leitura, matemática e conselhos de vida
O tablete revela uma lição em grego antigo, incluindo um exercício de leitura e escrita e uma tabela de multiplicação. As linhas foram presumivelmente feitas por um professor.
De acordo com Peter Toth, curador da exposição na qual o tablete será mostrado, as frases não eram apenas destinadas à prática do alfabeto, mas também transmitiam lições morais.
“Não são apenas as mãos e os dedos, mas também a mente que está sendo instruída aqui”, disse Toth ao portal Live Science.
Algumas das sábias recomendações incluíam “Você deve aceitar conselho apenas de um homem sábio” e “Você não pode confiar em todos os seus amigos”.

Escola antiga

A cera é escurecida para mostrar melhor as palavras, como uma precursora dos quadros-negros.
Ela teria sido derretida, despejada em uma moldura de madeira e deixada para secar, permitindo que alguém com uma ferramenta afiada a riscasse.
Acredita-se que esses tipos de tabletes eram usados com uma espécie de estilete, um objeto com uma ponta afiada (para deixar marcas) e outra plana (capaz de remover erros na cera quando aquecida).
Este tablete é mais ou menos do tamanho de um livro de bolso ou (profeticamente) de seu tablet eletrônico moderno.

Exibição

O fato de que o tablete tenha sobrevivido por quase 2.000 anos é impressionante. Cera normalmente se decompõe na umidade, de modo que o clima seco do Antigo Egito teria ajudado a preservá-la.
O objeto, adquirido pela Biblioteca Britânica de Londres em 1892, não entra em exibição desde a década de 1970.
Agora, estrelará a mostra “Writing: Making Your Mark”, que explora 5.000 anos de escritas de civilizações antigas até os dias modernos, a partir de abril de 2019. [IFLS]