sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A Opportunity, da NASA, morreu; veja o que ela descobriu nestes 14 anos

Por , em 15.02.2019
A sonda Opportunity está em Marte desde 2004. Há oito meses, no entanto, a NASA perdeu contato com o rover.
O veículo movido a energia solar ficou preso em uma enorme tempestade de poeira, que bloqueou sua fonte de energia. Depois que a tempestade clareou, a Opportunity não “acordou” mais.
Agora, a NASA anunciou que a sonda está, infelizmente, morta.

“Fizemos todos os esforços razoáveis de engenharia para tentar recuperar a Opportunity e determinamos que a probabilidade de receber um sinal é muito baixa para continuar os esforços de recuperação”, John Callas, gerente do projeto Mars Exploration Rover da NASA, comunicou à imprensa.

A missão

A tempestade de poeira provavelmente deixou uma camada de detritos muito espessa no painel solar, ou então atrapalhou o relógio interno do veículo. Agora, o fim da Opportunity é quase certo, já que a sonda não pode sobreviver às temperaturas mais extremas do inverno marciano sem aquecedores elétricos.
A missão durou 14 anos em operação na superfície de Marte – o maior período de tempo que qualquer robô construído por humanos passou explorando outro mundo. O fato é ainda mais incrível porque a Opportunity foi projetada apenas como uma missão de 90 dias. O “gêmeo” da Opportunity, um rover chamado Spirit, que também desembarcou em Marte em 2004, parou de operar em 2010.
Tanto Opportunity quanto Spirit fizeram algumas descobertas impressionantes, incluindo a presença de gesso formado a partir de água rica em minerais e de hematita, que sugerem que o planeta tinha um passado mais úmido, com líquido na superfície.
E, talvez mais importante, tanto Spirit quanto Opportunity ensinaram os engenheiros da NASA a melhor aterrissar e operar rovers em Marte. Essas lições servirão a gerações futuras de cientistas e talvez a exploradores humanos.

Fotos

Em seu tempo em Marte, Opportunity viajou mais de 45 quilômetros. Confira um mapa de sua jornada, superposto a um mapa de Nova York para perspectiva:

A sonda viu muitas coisas legais durante seu tempo no Planeta Vermelho, incluindo uma versão marciana de um eclipse solar, conforme as luas Deimos e Phobos atravessavam o sol. Aqui está Phobos em trânsito em 20 de setembro de 2012:


Esta imagem tirada pela câmera panorâmica a bordo da Opportunity mostra os restos da aterrisagem da sonda no Meridiani Planum, em Marte:

Marcas das rodas de Opportunity no terreno marciano:

Visão microscópica da superfície marciana:

Pequenas partículas que se formaram a partir do acúmulo de minerais e que sugerem que Marte costumava ter água corrente em sua superfície:

Redemoinho de poeira em Marte:


As dunas da Cratera Endurance, coloridas artificialmente para mostrar melhor sua geografia:

Por algumas semanas em 2005, a Opportunity ficou presa em uma duna, incapaz de se mover:

Braço robótico da sonda:

Vista panorâmica da Cratera Orion:

Panorama do cume Wharton Ridge:

Opportunity com uma ferramenta de análise de rocha estendida:

Sombra da sonda:


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Galáxia escura está em rota de colisão com a nossa Via Láctea

Por , em 25.11.2009
nuvem de smith uma galaxia escura
Nuvem de Smith: Uma galáxia escura
A vizinhança da Via Láctea pode ser mais agitada do que se imaginava: cientistas descobriram que uma nuvem de massa estimada em quase 1 milhão de sóis pode ser, na realidade, uma galáxia escura. Além disso, a formação, chamada de Nuvem de Smith, está vindo em direção à Via Láctea, e pode colidir com a nossa galáxia.
Em 2008, cientistas estadunidenses descobriram que a nuvem está a aproximadamente 8 mil anos-luz de distância da Via Láctea, e está se aproximando a uma velocidade de 240 quilômetros por segundo. Entretanto, os cientistas não têm certeza de quando o impacto irá ocorrer, pois astrônomos não conseguiram medir com precisão quando os gases da nossa galáxia irão diminuir a velocidade da Nuvem. Segundo especialistas, sua trajetória sugere que ela já teria passado pela nossa galáxia há mais de 70 milhões de anos.A Nuvem de Smith é formada principalmente por hidrogênio, tem 11 mil anos-luz de comprimento e 2.500 anos-luz de largura, o tamanho de uma galáxia-anã. Ela foi descoberta em 1963, mas só recentemente seu movimento em direção à nossa galáxia foi detectado. A Nuvem de Smith não se desintegrou durante seu movimento em direção à Via Láctea, que é muito maior.
Para ter sobrevivido durante este movimento, cientistas acreditam que ela tem uma massa muito grande, para ter gravidade suficiente para se manter unida. Cálculos de especialistas da Universidade de Sidney, da Austrália, indicam que ela pode ter até cem vezes mais massa do que era estimado.

As galáxias escuras são formações de nuvens sem estrelas, constituídas principalmente por hidrogênio e outras partículas. De acordo com Leo Blitz, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, simulações da formação de galáxias sugerem uma galáxia do tamanho da Via Láctea devem apresentar cerca de mil galáxias anãs. Segundo o especialista, algumas destas anãs podem não ter sido encontradas porque são galáxias escuras, mais difíceis de serem encontradas.