quarta-feira, 20 de maio de 2015






















Por que existem homens?

Publicado em 19.05.2015
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O papel do macho não parece muito importante para a vida. O esperma é sua única contribuição para a reprodução. Um sistema em que a prole fosse produzida sem sexo – como em populações fêmeas assexuadas – seria muito mais eficiente em gerar um maior número de descendentes, não?
Aparentemente, sim. Então por que existem homens?! 
O ato tem muitas desvantagens – por exemplo, apenas metade da prole, as fêmeas, produzem descendentes. Então qual é sua grande vantagem, que faz com que ele seja o principal método de reprodução em organismos multicelulares?

Seleção sexual

Os biólogos há muito tentam desvendar esse mistério. Agora, um estudo britânico publicado na revista Nature parece ter encontrado a resposta. Ele analisou uma das hipóteses para explicar a relação macho-fêmea, a seleção evolutiva.
De acordo com a pesquisa, os machos são necessários para um processo conhecido como “seleção sexual”, que ajuda espécies a afastar doenças e evitar a extinção.
A competição para ser escolhido por fêmeas para a reprodução melhora a genética e aumenta a saúde da população, ajudando a explicar por que os homens são importantes.
“A seleção sexual age como um filtro para remover mutações genéticas nocivas, ajudando as populações a prosperar e evitar a extinção, a longo prazo”, diz Matt Gage, principal autor do estudo da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha.

Evidência científica

O estudo acompanhou escaravelhos (Tribolium) por mais de 10 anos sob condições controladas de laboratório, onde a única diferença entre as populações foi a intensidade da seleção sexual durante cada estágio reprodutivo adulto.
A força da seleção sexual variou de intensa competição – onde 90 machos competiram por apenas 10 fêmeas – até a completa ausência de seleção sexual, com pares monogâmicos em que as fêmeas não tinham escolha e machos nenhuma competição.
Após sete anos de reprodução, o que representa cerca de 50 gerações, os cientistas descobriram que as populações com uma forte seleção sexual eram mais aptas e mais resistentes à extinção diante da endogamia.
Já as populações com seleção sexual fraca ou inexistente mostraram declínios da saúde mais rápidos sob a consanguinidade, e todos foram extintos até a décima geração.

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